Por: Letícia Gerheim
Ainda desfalcado, o Flamengo foi a Minas Gerais neste final de semana para encontrar o Atlético pela rodada 17 do Campeonato Brasileiro. A escalação de Sampaoli foi alternativa e surpreendeu a muitos torcedores.
O duelo começou com ambas as equipes procurando espaço, mas errando muitos passes. Depois da metade do primeiro tempo, Paulinho venceu os defensores rubro-negros na corrida e encontrou um ângulo para estufar o gol de Matheus Cunha, abrindo o placar para o Atlético-MG.
O Flamengo foi para o intervalo perdendo por 1 a 0 e precisando melhorar muito nas estratégias. A melhora aconteceu no segundo tempo com Arrascaeta marcado um gol e dando assistência para Wesley.
As avaliações abaixo foram feitas pelo GE.
Matheus Cunha – 8,5
Fundamental para a vitória do Flamengo ao lado de Arrascaeta. Foi decisivo com quatro defesas difíceis, sendo três dentro da área, e segurou a pressão do Atlético-MG no início do segundo tempo. Acertou sete das 11 tentativas de bolas longas e foi importante também no desafogo com os pés.
Wesley – 8,0
Mais uma partidaça do garoto! Teve muita dificuldade para conter os avanços de Pavón por seu setor, deu conta do recado e não conseguiu passar tanto no ataque. Quando o argentino cansou, demonstrou fôlego para se soltar, dar opção e marcar um belo gol de cavadinha.
Fabrício Bruno – 7,5
Impressiona o nível que mantém ao longo da temporada. Seja na imposição física, seja na velocidade, seja no combate direto, segue levanto a melhor contra a maioria dos atacantes do país. Desta vez, não deu espaços para Hulk, que acabou se restringindo a arremates de longe.
Léo Pereira – 5,5
Teve dificuldades para conter os avanços por seu setor, principalmente pela exigência de fazer a cobertura de um Filipe Luís que não viveu boa noite. Recebeu amarelo por falta em Zaracho e saiu no intervalo ao relatar dores na coxa.
Filipe Luís – 5,5
Bem abaixo do jogo espetacular do meio de semana contra o Grêmio. Teve dificuldade para conter Zaracho e, principalmente, Paulinho, que ganhou na corrida para marcar o primeiro gol do jogo. Deu opção de passe por dentro, mas o Flamengo estava com o setor congestionado.
Allan – 5,5
Ainda carece de ritmo para se aproximar da melhor forma. Até se apresentou bastante para o jogo, mas não conseguiu dar a fluidez esperada na saída de bola do Flamengo. Muitos passes forçados sem necessidade, que resultaram em 17 perdas de posse no Independência. Deu a pré-assistência para Arrascaeta no gol de Wesley.
Gerson – 6,0
Foi quem mais arriscou passes diferentes no meio de campo entre os que começaram como titular. Não conseguiu dar a dinâmica habitual ao time, mas ainda assim deixou Gabriel na cara do gol no primeiro tempo e tentou dialogar com Arrascaeta no segundo tempo.
Victor Hugo – 6,0
A imposição física habitual no setor de meio de campo, mas carregou muito a bola em alguns momentos em que o toque rápido seria importante para o time sair do meio de campo congestionado do Galo. Belíssimo passe para deixar BH na cara do goleiro no segundo tempo.
Everton Ribeiro – 5,0
Não teve com quem dialogar muito em um primeiro tempo espaçado do Flamengo. Wesley não deu opção como de hábito por ter que se preocupar com Pavón, e o jogo por dentro não funcionou com erros de passes. Deu um bom chute no fim do primeiro tempo e saiu no intervalo.
Bruno Henrique – 5,0
Se dividiu entre as ações ofensivas e a obrigação de ajudar Filipe Luís na marcação, principalmente com um Saravia participativo demais por ali. Esteve diretamente envolvido no lance do gol, em falta pedida pelo Flamengo, e desperdiçou chance clara no segundo tempo.
Gabigol – 5,0
Não viveu uma boa noite em Belo Horizonte. Desperdiçou uma chance claríssima no primeiro tempo após passe de Gerson e uma boa oportunidade em seguida após cruzamento de Bruno Henrique. No segundo tempo, muita movimentação, correria e pouca efetividade.
Pablo – 6,0
Entrou com firmeza e deu conta do recado, principalmente com cortes importantes em cruzamentos na área. Esteve no suporte a Fabrício Bruno na sobra do combate direto a Hulk e com a bola no pé, simplificou como de habitual.
Thiago Maia – 6,0
Entrou no fim para fechar o setor esquerdo na vaga de Filipe Luís e deu suporte para o Flamengo se jogar ao ataque.
Luiz Araújo – 6,0
Foi pouco acionado em um jogo onde o Flamengo usou pouco o lado do campo. Tentou dar opção de aproximação por dentro para tabelas curtas.
Arrascaeta – 9,0
CRAQUE com todas as letras maiúsculas. Poupado de início, foi acionado no intervalo para dar vida a um Flamengo que finalizou apenas uma vez no primeiro tempo. Foi além e resolveu a partida. Uma falta sofrida, cobrada e que resultou em gol, além de uma linda assistência para Wesley virar o placar.
Everton Cebolinha – 6,0
Entrou no fim e, assim como Luiz Araújo, foi pouco acionado em um Flamengo que usou muito pouco as pontas durante o jogo.