Sintonia entre Bruno Henrique e Gabigol no Flamengo reduzem chance para Pedro

Gabigol e Bruno Henrique comemoram gol marcado pelo Flamengo (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

A retomada do ritmo de gols e assistências da dupla Bruno Henrique e Gabigol no ataque do Flamengo reduz ainda mais a brecha para a retomada do protagonismo de Pedro.

Pelo segundo meio de semana seguido, um jogo foi decidido para o Flamengo por causa da “fusão” da dupla que brilha no clube desde 2019. Foi assim contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, e também ontem (3), diante do Olimpia, na Libertadores.

No Maracanã, o cruzamento de Gabigol encontrou a cabeça de Bruno Henrique, dando a vitória e a vantagem no jogo de ida das oitavas da Liberta. Na Arena do Grêmio, o passe açucarado de BH para o camisa 10 abriu a vitória por 2 a 0 na semifinal da Copa do Brasil.

Em contrapartida, é um período tenso para Pedro no Flamengo, já que o centroavante não consegue espaço no time considerado titular e ainda por cima se viu em uma confusão: recusou-se a aquecer na reta final do jogo contra o Atlético-MG, levou um soco do preparador físico e faltou no treino seguinte, sendo multado e suspenso contra o Olimpia.

Momento favorável à dupla

O técnico Jorge Sampaoli voltou a preferir a formação ofensiva tão consagrada nos últimos anos, que, além de Bruno Henrique e Gabigol no ataque, tem Arrascaeta e Everton Ribeiro na criação.

Esse realinhamento dos astros no Flamengo acontece após Bruno Henrique se recuperar de uma grave lesão no joelho direito, que o afastou por 10 meses.

Justamente nesse período em que Bruno Henrique ficou fora, veio o auge de Pedro no Flamengo, quando Dorival Júnior encontrou uma formação para ter o centroavante e Gabigol juntos no ataque. Fez tão bem a Pedro que ele foi à Copa do Mundo e Gabigol, não.

O que Bruno Henrique entrega e Pedro, não?

A opção por Bruno Henrique no ataque do Flamengo permite ao time ter um jogador decisivo pelo lado do campo, mas que consegue flutuar bem para aparecer dentro da área.

Bruno Henrique dá velocidade e amplitude pelos lados e ainda traz consigo uma característica de finalizador que tem sido relevante na passagem dele pelo clube. Além disso, funciona como garçom, servindo Gabigol.

Pedro é um centroavante muito técnico, que faz bem o pivô, sabe sair da área para fazer combinações e tabelas, além de finalizar bem. Mas o jogo fica menos dinâmico e móvel com ele na frente.

O jogo virou

Nessa batalha por espaço no ataque do Flamengo, o cenário era inverso em relação a Pedro e Gabigol no começo do ano. Quando Vítor Pereira era o treinador, a preferência pelo 9 mais encorpado fez com que Gabigol virasse praticamente um meia.

Durante o Carioca, Gabi disse a VP que não queria mais ser escalado fora da sua posição original e brigaria por espaço entre os titulares diretamente com Pedro. Chegou a virar reserva, mas o trabalho do português não durou muito.

A chegada de Sampaoli reembaralhou as peças e devolveu a Gabigol o papel de atacante predileto, embora Pedro tenha recebido chances de ser titular em 15 de 28 jogos de Sampaoli no comando do Flamengo.

Pedro terá a chance de voltar a ser titular no Flamengo no próximo domingo (6), quando o Flamengo enfrenta o Cuiabá pelo Brasileirão. Gabigol está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Sampaoli disse que tomará a decisão nos próximos dias sobre quem será o titular do ataque.

Retirado de: Uol