Na 3ª colocação do Campeonato Brasileiro, o Grêmio de Renato Gaúcho tem feito uma grande campanha em seu retorno à Série A na atual temporada.
Em entrevista ao GE, o técnico disse estar satisfeito com o elenco que tem em mãos e voltou a comparar o poderio econômico do Imortal com o do Flamengo, algo feito com recorrência por Renato nos últimos anos.
“Muito satisfeito. Lógico que eu quero ganhar, o torcedor quer ganhar, mas tem que olhar para o outro lado. O Flamengo também quer ganhar e é um clube que contrata, a folha de pagamento é quatro vezes maior que a nossa. É alta para na hora do vamos ver, ganharem”, iniciou.
“Tanto que estão na final (da Copa do Brasil). Na hora do vamos ver tem que colocar na balança o que foi gasto e o que pode ser cobrado. A gente também quer ganhar, mas do outro lado pegamos um clube que tem. O Grêmio não tem. Tem que viver a realidade”, contou o treinador.
Os dois times se enfrentaram na semifinal da Copa do Brasil nesta temporada, e o Flamengo venceu as duas partidas. A primeira delas, na Arena, o Rubro-Negro fez 2 a 0. Já no Maracanã, os cariocas voltaram a triunfar, desta vez por 1 a 0.
“O Grêmio trouxe o Suárez e quem paga são os patrocinadores. Flamengo não precisa disso. Muito pelo contrário. Buscam jogadores do jeito que querem, como se fosse comprar um quilo de arroz. É outro patamar né. Aí na hora do vamos ver, vai medir forças”.
Não é de hoje que Renato compara a força do Grêmio com a do Flamengo com relação ao mercado. Ainda em 2020, após uma vitória por 2 a 1 em cima do Red Bull Bragantino, o treinador foi questionado sobre o estilo de jogo de sua equipe e colocou a ‘culpa’ nas finanças.
“Futebol bonito vocês têm que cobrar do Atlético-MG e do Flamengo. Essas suas as duas equipes que têm a obrigação de apresentar futebol bonito, pelo que gastaram”, afirmou.
“Se um dia a diretoria do Grêmio, o presidente do Grêmio falarem assim: ‘Olha, Renato, você tem R$ 200 milhões para contratar’. Aí pode me cobrar futebol bonito. Enquanto isso não acontecer, vai ter partidas com altos e baixos”, disse o técnico na época.
Retirado de: Globo Esporte