O Flamengo está avançando com seu projeto ambicioso de construir um estádio próprio no local do antigo Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro. Após superar a resistência inicial da Prefeitura do Rio, que agora apoia o clube, o principal obstáculo é negociar o valor do terreno com a Caixa Econômica Federal, que tem planos próprios de construir seu projeto no local.
— A Caixa conseguiu autorização para construir um arranha-céu e, por isso, quer cobrar por potencial de andar, e o Flamengo não quer pagar isso, e sim pelo terreno. Então, há uma diferença muito grande de valor entre o que a Caixa quer receber e o Flamengo quer pagar, e o Flamengo está em conversas com o Governo Federal para tentar resolver isso, e o clube conta com a ajuda da Prefeitura. Publicamente, ninguém vai admitir isso, porque o Flamengo está tentando renovar a sua concessão do Maracanã, e pegaria mal admitir publicamente que quer construir um estádio, revelou André Rizek, durante a programação do ‘SporTV’.
O Flamengo, evitando endividamento e inspirando-se na Allianz Arena do Bayern de Munique, planeja criar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para financiar a construção. Esta estratégia inclui formar parcerias com empresas, que utilizariam o estádio para eventos, uma ideia que já está em fase de estudo e negociação com três empresas interessadas.
— Os dirigentes do Flamengo, inclusive, foram para a Alemanha para estudar o modelo do Bayern (ALE) com o seu estádio, a Allianz Arena. O estádio do Bayern funciona da seguinte forma: várias empresas são parceiras do clube, como a Audi. Então, a Audi usa o estádio para fazer seus eventos, como lançar carros. O Flamengo estuda parcerias semelhantes com três empresas que seriam sócias do seu estádio. A ideia dessa gestão é não se endividar para fazer o estádio, concluiu Rizek.
Este movimento estratégico acontece em um momento político crucial, um ano antes das eleições do clube, e pode ser um ponto-chave na campanha eleitoral da atual gestão.
