Durante uma entrevista emocionada à “FlaTV”, o ex-zagueiro Júnior Baiano compartilhou suas memórias vívidas da lendária geração de ouro da base do Flamengo nos anos 90. Essa equipe, repleta de talentos como Djalminha, Marcelinho Carioca, Paulo Nunes, Nélio e outros, não só conquistou a primeira Copinha do clube, mas também foi fundamental na gloriosa campanha do Campeonato Brasileiro de 1992.
Baiano, com um sorriso nostálgico, lamentou o que ele considera um desmanche prematuro dessa equipe dinâmica. Ele acredita firmemente que, se o grupo tivesse permanecido intacto por mais alguns anos, o Flamengo teria adicionado significativamente mais troféus à sua já impressionante prateleira. Essa crença é alimentada pela convicção de que o investimento e o foco nos jovens talentos da base, uma realidade mais prevalente nos dias de hoje, eram notavelmente ausentes naquela época.
“Se fosse hoje seria totalmente diferente. Ou há cinco anos, 10 anos atrás, seria totalmente diferente porque o investimento na base seria outro. Naquela época, os grandes clubes brasileiros contratavam muitos jogadores mais experientes”, disse Júnior Baiano.
“Então jogador da base que se destacava mais claro que estava ali jogando, tanto que eu joguei, o Nélio, Piá, Paulo Nunes… Mas a gente tinha o Djalminha, o Marcelinho, o Marquinhos, Luis Antônio, que era um meia de qualidade técnica absurda. Só que os clubes davam mais valor aos jogadores de 30 e poucos anos, que estavam fora do país, então eu entendo. Mas se deixa aquele grupo mais um pouco, com certeza o Flamengo ia ter mais algumas taças na prateleira (risos)”. Completou o ex-jogador
A história dessa geração não termina apenas com sucessos no clube. Quatro dos seus membros – Rogério, Marquinhos, Marcelinho Carioca e Paulo Nunes – foram convocados para a seleção brasileira Sub-20, escalando posteriormente para a equipe principal, seguindo os passos de Baiano, Djalminha e Nélio.
Baiano, um verdadeiro Flamenguista “de carteirinha”, expressa não apenas a alegria de ter jogado pelo clube de seu coração, mas também um toque de melancolia por pensar no que poderia ter sido. Ele se junta a seus companheiros de equipe em ponderar sobre o impacto adicional que poderiam ter tido no clube, especialmente em termos de conquistas e títulos.
“Quando a gente se junta fala muito nisso. Poderia ter contribuído mais com o Flamengo. Principalmente com títulos, né? O que vale mesmo é quando você conquista. E acho que aquela turma, aquele grupo, se fica mais uns três, quatro anos no Flamengo, teria mais alguns títulos na prateleira”.
“Eu, que sou Flamengo de carteirinha, tive a sorte de torcer para o Flamengo e vir para o Flamengo iniciar a minha carreira aqui, sou um cara extremamente feliz. Mas que a gente poderia ter contribuído muito mais com o Flamengo, poderia”. Concluiu Júnior Baiono
A história dessa geração, como contada por Júnior Baiano, é uma mistura de orgulho, conquistas memoráveis e um anseio pelo que poderia ter sido – um verdadeiro testemunho do espírito e paixão que define o Flamengo e seu legado.