Por: Leonardo Antônio
A recente especulação sobre uma possível transferência de Gabigol do Flamengo para o Corinthians tem gerado debates acalorados no mundo do futebol brasileiro. O presidente eleito do Corinthians, Augusto Melo, expressou seu interesse no atacante, um movimento que representa não apenas uma mudança de ares para Gabigol, mas também uma possível reviravolta em sua carreira.
Milly Lacombe, conhecida por suas análises penetrantes, criticou o desempenho de Gabigol com a emblemática camisa 10 do Flamengo, uma camisa que carrega um peso histórico e simbólico imenso. Ela defende a ideia de que a mudança para o Corinthians poderia aliviar a pressão sobre Gabigol, permitindo-lhe redescobrir sua forma e paixão pelo jogo.
“Quem é o Gabigol? Para mim, não é esse de 2023, aconteceu alguma coisa ali. Quando ele recebeu a camisa 10, eu falei que ia pesar, porque a 10 do Flamengo não é qualquer 10. Eu sou da opinião que algumas camisas 10 têm que ser retiradas, a do Flamengo é uma delas. Até que, um dia, quem sabe, surja alguém com envergadura para vesti-la. Deram a 10 para o Gabigol, mas ele não é 10, por mais que ele seja herói, ele não é 10. Quando deram para ele, não coincidentemente, ele recuou, saiu da área, ele veio jogar mais como 10 e a coisa começou a degringolar ali”, explicou Milly Lacombe.
“Claro que, depois, houve uma série de coisas. Tem vaidade envolvida nisso, tem ele talvez achar que seria o maior cara depois do Zico no Flamengo, já tinha flamenguista dizendo isso. Sobe mesmo à cabeça, é um rapaz de 20 e poucos anos, sobe à cabeça. A camisa 10 pesa, não deveria ser dada, o Gerson é mais 10 que ele, o Arrascaeta é mais 10 do que ele, por exemplo. Tem uma série de coisas, ele deveria mudar, sim. Faria bem a ele ir para o Corinthians, faria muito bem a ele mudar de ares e ir para o Corinthians”, concluiu.
Por outro lado, Walter Casagrande levantou uma questão crucial: a capacidade financeira do Corinthians para bancar um jogador do calibre de Gabigol. Ele concorda que Gabigol se encaixa no perfil do clube, mas destaca que ter “a cara do Corinthians” vai além das habilidades em campo; trata-se também de alinhar-se com a realidade financeira e estratégica do clube.
“O Gabigol tem a cara do Corinthians, o Maradona tinha a cara do Corinthians, o Cristiano Ronaldo tem a cara do Corinthians, diversos jogadores no mundo têm a cara do Corinthians. Mas ter a cara do clube não significa que o Corinthians tem condições de contratar e bancar um jogador desse. Qual é a cara do Gabriel? O Gabriel tem a cara desse Corinthians aí, porque ele está desse jeito, está igualzinho”, Disse Casagrande
O Flamengo não conta com Gabigol para a última rodada do Brasileirão, devido a um procedimento médico. O Flamengo encontra-se na terceira colocação com 66 pontos, 3 pontos atrás do líder Palmeiras.
