Domenec Torrent, ao assumir o comando após Jorge Jesus, enfrentou desafios imediatos. Constantemente comparado a Jesus, Torrent lutou para se estabelecer sob a sombra de seu antecessor. Apesar de suas qualificações, as comparações e expectativas elevadas impactaram seu desempenho e a percepção do seu trabalho.
A análise de Filipe Luís sobre os sucessores de Jorge Jesus é detalhada e reveladora. Domenec Torrent, comparado constantemente a Jorge Jesus, enfrentou desafios significativos devido a essas comparações. Rogério Ceni, apesar de conquistas iniciais, lidou com lesões e perda de desempenho do time. Renato Gaúcho começou bem, mas falhou em uma final crucial, enquanto Paulo Sousa teve um período marcado por um ambiente de trabalho extremamente difícil e uma proximidade preocupante com a zona de rebaixamento.
“O Domenec poderia ser o Guardiola, depois do Jorge Jesus era muito difícil que ele tivesse dado certo. Eu e todo mundo comparávamos tudo. Era tudo aos trancos e barrancos. Trocaram, porque a torcida não queria mais. Veio o Rogério, ganhamos o Brasileiro, Supercopa, Estadual… lesões, time perdendo, não dá mais, trocaram. Renato veio, bem demais, recuperou os jogadores, perdeu a final, não vale nada, trocou de novo”, disse.
A gestão de Torrent foi marcada por uma instabilidade, com a torcida e a diretoria demonstrando impaciência diante dos resultados. A pressão constante e as comparações com Jorge Jesus criaram um ambiente desafiador, culminando na sua saída do clube.
Torrent enfrentou um cenário em que as expectativas estavam altíssimas e a margem para erro era mínima. Essa combinação de fatores, juntamente com a dificuldade de adaptar sua própria metodologia ao contexto deixado por Jesus, acabou por limitar seu tempo e sucesso no Flamengo.