Por: Leonardo Antônio
Mesmo enfrentando um cenário de dívidas significativas, o Corinthians reacende sua presença no mercado, prometendo um investimento substancial em reforços para a próxima temporada. Esse movimento trouxe à tona discussões sobre o “fair play financeiro”, um conceito ainda não implementado no Brasil, mas crucial para a sustentabilidade financeira dos clubes de futebol. O fair play financeiro visa criar um equilíbrio competitivo, assegurando que os clubes gastem de acordo com suas receitas, evitando endividamentos excessivos e mantendo a integridade do esporte.
A situação do Corinthians foi criticada pelo jornalista Venê Casagrande, que apontou a contradição do clube em contratar reforços caros, apesar de suas dívidas. Ele mencionou a experiência do Flamengo, que, sob a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, conseguiu reduzir significativamente sua dívida e se estabelecer como uma potência financeira na América do Sul.
O Flamengo em 2015, com apenas uns dois anos da reestruturação, tirou Guerrero do Corinthians numa operação total de quase R$ 50 milhões para um contrato de quatro anos. O Flamengo não era o Flamengo de hoje e não havia papo de fair play financeiro. https://t.co/HTm30pU3yP
— Vessoni (@Vessoni) December 30, 2023
Respondendo a essas críticas, Rodrigo Vessoni, do “Meu Timão”, lembrou que “O Flamengo em 2015, com apenas uns dois anos da reestruturação, tirou Guerrero do Corinthians numa operação total de quase R$ 50 milhões para um contrato de quatro anos. O Flamengo não era o Flamengo de hoje e não havia papo de fair play financeiro”.
Entretanto, Mauro Cezar Pereira contra-argumentou, acusando Vessoni de desinformação e de prejudicar o Corinthians: “Comparar a situação atual do Corinthians com a do Flamengo em 2015, quando contratou Guerrero e Emerson Sheik, que tinham dinheiro a receber do clube paulista, é o que de pior se pode fazer contra o próprio Corinthians. Desinforma. Ilude. Empurra o clube ainda mais para o buraco”.
Comparar a situação atual do Corinthians com a do Flamengo em 2015, quando contratou Guerrero e Emerson Sheik, que tinham dinheiro a receber do clube paulista, é o que de pior se pode fazer contra o próprio Corinthians.
— Mauro Cezar (@maurocezar) December 30, 2023
Desinforma.
Ilude.
Empurra o clube ainda mais para o buraco.
Nesse contexto, o fair play financeiro aparece como uma solução potencial, porém distante para o futebol brasileiro. Embora tenha transformado a dinâmica financeira dos clubes no futebol mundial, sua aplicação no Brasil enfrenta desafios únicos. A maioria dos clubes brasileiros possui patrimônio líquido negativo e registra prejuízos que ultrapassam os limites impostos pela legislação atual.
Em resumo, enquanto o Corinthians se esforça para fortalecer seu elenco, a discussão sobre a saúde financeira dos clubes brasileiros e a necessidade de um sistema de fair play financeiro permanece crucial. Este sistema, se implementado, poderia ajudar a evitar gastos desenfreados e promover um cenário mais equilibrado e sustentável no futebol brasileiro.