Articulações políticas tentam inviabilizar chapas para eleição na CBF

Sede da CBF no Rio de Janeiro (Foto: Cahê Mota/Globo Esporte)

Por: Leonardo Antônio

A situação política na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está bastante agitada devido às eleições para a presidência da entidade. O afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF ocorreu devido a um processo iniciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2018, relacionado à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo.

A Justiça anulou a eleição de Caboclo em 2021 e determinou uma intervenção na CBF. Mais tarde, um acordo extrajudicial e um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) mudaram o estatuto, igualando os pesos nos votos dos times das séries A e B. Ednaldo Rodrigues foi eleito em 2022 para um mandato completo, mas foi afastado posteriormente por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

As regras para a eleição da CBF estão centradas em torno do peso dos votos das federações estaduais e dos clubes das séries A e B. Inicialmente, as federações tinham um peso maior de votos em comparação com os clubes, mas isso foi alterado para igualar os pesos após o TAC.

A FIFA e a CONMEBOL estão observando de perto a situação na CBF. Eles planejam visitar o Brasil e têm a intenção de se reunir com várias partes interessadas, incluindo o presidente afastado Ednaldo Rodrigues e o interventor José Perdiz de Jesus. A FIFA determinou que novas eleições só devem ocorrer após essa visita.

A situação na CBF afeta diretamente a seleção brasileira, que atualmente está sem um técnico efetivo. A incerteza gerada pelo ambiente político atual impacta nas decisões sobre o comando técnico da seleção. Até o momento, dois pré-candidatos surgiram para o pleito. O vencedor terá a tarefa de se reunir com os pares para decisões importantes sobre a seleção brasileira.