No final de 2022, uma grande polêmica surgiu no Flamengo em relação ao tempo de férias concedido ao seu elenco. Após conquistar os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, o elenco do Flamengo foi premiado com 41 dias de férias. Essa decisão, no entanto, não foi unanimemente aceita dentro do clube.
O técnico da época, Dorival Júnior, expressou sua oposição à decisão em uma entrevista ao portal ‘GE’. Ele declarou: “Nossa comissão técnica não tem nada a ver com essa decisão e, pelo contrário, tinha uma opinião que foi externada em reunião após o título (da Libertadores) em Guayaquil. Nosso desejo era de que os jogadores se reapresentassem no dia 19/12, e com treinamentos durante a semana e folgas sábados e domingos de dezembro, para comemorarem as festas de fim de ano”.
Contrapondo a declaração de Dorival, os dirigentes do Flamengo, Bruno Spindel e Marcos Braz, tiveram uma visão diferente. Bruno Spindel, o diretor executivo de futebol, afirmou: “Jamais foi a posição do Dorival voltar das férias no dia 19 de dezembro. A posição dele foi voltar dia 03 de janeiro. Marcos (Braz) e eu decidimos voltar dia 26 de dezembro. A gente não concordava com 03 de janeiro”. Marcos Braz, o vice-presidente de futebol do clube, complementou dizendo: “É mentira dele (de Dorival)”.
Essa divergência de opiniões acabou resultando na não renovação do contrato de Dorival Júnior com o Flamengo. Em seu lugar, Vítor Pereira foi contratado como novo técnico. Sob a nova liderança, o Flamengo enfrentou desafios no início de 2023, perdendo competições importantes como a Supercopa, o Mundial de Clubes e a Recopa Sul-Americana.
A controvérsia em torno das férias do Flamengo e as declarações contraditórias entre o técnico e os dirigentes do clube destacam as complexas dinâmicas de gestão e planejamento dentro dos clubes de futebol. Este caso, em particular, ilustra como decisões administrativas podem ter impactos significativos tanto dentro quanto fora do campo.