A TV Globo, parte do Grupo Globo, passou por uma importante reestruturação em janeiro de 2020, consolidando várias empresas sob a marca única Globo, incluindo a TV Globo, Canais Globo (anteriormente Globosat), Globo.com e DGCorp.
Essa medida visava adaptar-se melhor às demandas do mercado atual, enfocando cortes de despesas e ajustando-se às novas plataformas de mídia. A mudança na gestão cultural e operacional incluiu a adoção de contratos por obra com artistas e uma nova imagem de marca, mais próxima e moderna, refletindo valores como brasilidade, diversidade e criatividade.
Lançada em 2015, a Globoplay é a aposta digital da Globo no mercado de streaming, oferecendo um vasto catálogo que inclui séries, novelas, programas de TV e transmissões ao vivo de eventos como o carnaval e jogos de futebol. Rapidamente, a plataforma se tornou líder de streaming no Brasil, com mais de 20 milhões de usuários ativos em 2020. A Globoplay se destaca pela inclusão de conteúdos exclusivos, produções originais e parcerias internacionais, como a realizada com a The Walt Disney Company para oferecer combos com Disney+.
No entanto, apesar do sucesso inicial, o serviço de streaming Globoplay enfrenta desafios financeiros significativos. De acordo com o jornalista Ricardo Feltrin, fontes do mercado de tecnologia indicam que o serviço de vídeos sob demanda tem causado um prejuízo bilionário para a emissora.
Segundo estimativas, o prejuízo acumulado do Globoplay pode estar entre R$ 11 bilhões e R$ 16,8 bilhões, embora alguns especialistas acreditem que esse número possa estar subestimado. A Globo, questionada sobre o assunto, não se pronunciou.
A emissora investiu pesadamente em seu próprio serviço de streaming para competir com plataformas como a Netflix. Apenas em 2022, foram investidos R$ 2,5 bilhões para aprimorar o serviço, enquanto no ano anterior o investimento foi de R$ 1,2 bilhão.