A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou a criação de uma comissão especial para investigar as circunstâncias da morte do árbitro Feliphe da Cunha Oliveira Cabral da Silva. Feliphe, que tinha 30 anos e era também profissional de educação física, faleceu após um mal súbito durante um teste físico na Vila Olímpica Professor Manoel José Gomes Tubino, ocorrido no dia 4 de maio.
Após sentir-se mal durante a parte final do teste, Feliphe foi prontamente socorrido e levado a um hospital, onde, infelizmente, veio a falecer cinco dias depois.
Uma testemunha relatou ao jornal “O Dia” que o árbitro caiu e levantou questões sobre o atendimento inicial no local do teste. A Ferj, em nota, afirmou que ele foi imediatamente assistido por uma unidade de terapia intensiva móvel e seguiu todos os procedimentos médicos padrão antes de ser transferido para uma unidade de pronto atendimento.
A comissão instaurada, denominada Comissão Especial de Sindicância Administrativa (CESA), tem o prazo de 30 dias para elaborar um relatório e emitir um parecer sobre o incidente. Composta por auditores de tribunais desportivos, um procurador do Estado do Rio de Janeiro, a coordenadora médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF), Salmo Valentim, e o diretor do Departamento de Medicina e Saúde da Ferj, Emmanuel Godoi, a comissão tem autorização para analisar documentos e ouvir diversas partes envolvidas no caso.
Os membros da comissão podem convocar dirigentes, médicos do departamento de arbitragem, árbitros e assistentes, além de testemunhas para depoimentos, buscando esclarecer todas as dúvidas sobre os eventos que levaram ao trágico falecimento de Feliphe. O objetivo é garantir uma investigação completa e transparente, que possa trazer respostas e possíveis medidas para prevenir futuros incidentes.
A Ferj decretou luto oficial e expressou profundo pesar pelo falecimento do árbitro, destacando seu compromisso ético e dedicação à arbitragem ao longo de quase uma década. A federação também se solidarizou com familiares, amigos e colegas de Feliphe, reconhecendo a grande perda para a comunidade esportiva. A investigação busca não apenas esclarecer as causas do incidente, mas também reafirmar o compromisso da Ferj com a segurança e o bem-estar de todos os profissionais envolvidos no futebol estadual.
