Na segunda-feira (27), dirigentes do Flamengo e representantes da Caixa Econômica Federal reuniram-se para discutir a viabilidade de um novo estádio na área do Gasômetro. Após a reunião, houve um jantar com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que não apenas endossou o projeto, como também demonstrou uma postura pró-ativa quanto à sua realização.
Durante o jantar, realizado em um restaurante na Barra da Tijuca, o prefeito Eduardo Paes expressou sua vontade de colaborar para que o projeto do estádio avance, independentemente dos desafios. Ele mencionou a possibilidade de usar seu poder para desapropriar o terreno, caso a negociação com a Caixa não avance como esperado.
“Qual é a vantagem efetiva que a Caixa está dando para o Flamengo? Vai dar um desconto de preços? Vai diminuir o valor do seu potencial constitutivo? Eu vim aqui dizer para vocês o seguinte: independentemente do que a Caixa fizer, e eu coloquei isso na mesa hoje, claro que isso vai depender de algumas negociações nossas, se a Caixa não quiser vender, se trata de um terreno privado. E se tem um poder autoritário no Brasil que pertence ao governo, ao chefe de executivo, a tal da desapropriação”, disse Eduardo Paes
As negociações entre o Flamengo e a Caixa Econômica Federal, por sua vez, têm mostrado um impasse financeiro. O clube se mostra disposto a investir até R$ 250 milhões para adquirir o terreno, enquanto a Caixa avalia o mesmo por cerca de R$ 400 milhões. A disparidade nos valores tem sido um ponto de tensão que requer habilidade e flexibilidade nas negociações.
Quanto ao projeto do estádio, o Flamengo planeja uma arena com capacidade para 80 mil pessoas, mas com uma pegada de construção de aproximadamente 87 mil m² — uma estrutura mais compacta comparada às dimensões do Maracanã. O design proposto promete modernidade e funcionalidade, incluindo áreas externas dedicadas ao entretenimento e à transmissão dos jogos, configurando um espaço que ultrapassa a experiência tradicional de estádios.