O Grêmio enfrentou uma nova derrota no clássico Gre-Nal, perdendo por 1 a 0 para o Internacional no sábado (22), em Curitiba. Esta foi a sexta derrota consecutiva do time no Campeonato Brasileiro, colocando o clube em uma situação complicada na zona de rebaixamento. O técnico Renato Gaúcho tentou explicar a sequência negativa, atribuindo a má fase à falta de sorte e às dificuldades enfrentadas pela equipe, que está jogando longe de Porto Alegre.
Renato mencionou a ausência de jogadores importantes como Diego Costa e as improvisações que tem sido forçado a fazer. Ele destacou que, durante o clássico, teve que colocar um zagueiro no ataque devido à falta de opções. Segundo o treinador, a falta de peças em algumas posições tem levado a uma sequência de resultados negativos. Apesar disso, Renato mantém confiança de que o Grêmio irá se recuperar e sair da situação delicada.
— Se não me sentisse capaz, já teria saído. Mas às vezes a gente peca por falta de peças em algumas posições. Chega em um clássico e eu coloco um zagueiro lá na frente, a gente enxerga a dificuldade do grupo. Diego (Costa) vinha em uma fase muito boa e machucou. Estava tentando com o JP Galvão, todo mundo criticando, mas e aí, alguém faria alguma coisa diferente? Eu tenho que tentar improvisar e buscar alternativas. Não é que o Internacional tenha sido superior, mas GreNal é bola na rede. Eles fizeram e a gente não fez. Infelizmente tem horas que eu improviso ou continuo com o time em campo. A falta dessas peças muitas vezes leva à sequência negativa. Que a gente vai sair dessa? Tenho mesmo discurso do outro jogo, eu garanto. Mas a gente precisa acordar porque o Brasileiro é um campeonato bem traiçoeiro, começou Renato.
Além das dificuldades no elenco, Renato ressaltou o impacto da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, forçando o time a jogar longe de casa. Ele comentou que o grupo está longe de suas famílias e amigos, o que afeta o desempenho dos jogadores. Mesmo enfrentando esses desafios, Renato acredita que a sorte voltará e que o time conseguirá vencer novamente.
— Eu vou falar que a gente está longe da nossa casa há 40 dias quase e vão dizer ‘lá vem ele com o mesmo discurso’. Todo mundo que vem de Porto Alegre tem que trazer uma caixa de remédio. Está todo mundo gripado, com febre, imunidade baixa, mas ninguém quer saber disso. Acham que ninguém sente saudade dos filhos, dos amigos, do cachorro, do chope, de uma descontração. Aí alguém vai e fala ‘mas o Internacional?’… Eles estão indo para casa ver as famílias, nós não estamos. Toda vez a gente joga fora de casa. Não é a mesma coisa. A gente está em uma fase ruim, longe de tudo, de todos, da nossa torcida, da Arena. Qualquer time que está disputando o campeonato vai para casa quando termina os jogos. Vão para ver suas famílias, seus filhos, vive a vida normalmente. A gente sai e vai para o hotel. Sai do hotel, vai para dentro do avião. Ninguém aguenta. E aí vai juntando, essa fase não é boa. Daqui a pouco a fase acaba, a sorte volta. Ou se muda tudo, complementou o treinador.
O Grêmio agora se prepara para enfrentar o Atlético-GO na próxima quarta-feira (26), em Goiânia, em um duelo direto contra as últimas posições na tabela. A equipe continuará treinando em Curitiba até terça-feira antes de viajar para o próximo compromisso no Campeonato Brasileiro.