São Paulo aceita exigência feita por Arboleda para renovar

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net - Legenda: Arboleda não é convocado pelo Equador para a Copa América / Jogada10

O clube pagou ás dívidas pendentes do zagueiro

O São Paulo Futebol Clube, como parte do acordo para renovação de contrato do zagueiro Arboleda até 2027, pagou R$ 642,8 mil em dívidas pessoais do atleta nas últimas semanas. Esses valores são referentes a cinco ações em que Arboleda é cobrado, sendo que um sexto processo, o maior deles, de R$ 6,5 milhões, ainda não foi resolvido.

Entre os dias 7 e 21 de junho, os depósitos foram realizados em juízo. Em dois desses processos, ainda há discussão sobre o valor final, com a defesa de Arboleda aguardando a devolução de parte do montante pago.

Esses pagamentos têm o objetivo de liberar parte das penhoras feitas para garantir as cobranças, uma vez que o zagueiro enfrenta bloqueios judiciais em seus salários. À Kirin Soccer, que cobra dois empréstimos de 2020 totalizando R$ 452 mil, o São Paulo depositou R$ 516.637,80 no dia 21 de junho. Em uma das ações, o clube já havia feito um depósito de R$ 413 mil em setembro.

Nos processos com a Kirin Soccer, a defesa de Arboleda discute a forma de correção da dívida, que foi feita pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). A defesa argumenta que devem ser devolvidos cerca de R$ 104 mil, uma questão que ainda aguarda decisão judicial.

Além disso, o São Paulo pagou R$ 111.018,52 em junho para quitar uma dívida de Arboleda com o Estado de São Paulo pelo não pagamento do IPVA de um automóvel entre 2019 e 2021. Outra dívida, de R$ 15.157,40, referente a danos causados a um apartamento alugado pelo jogador entre 2017 e 2020, também foi quitada em junho.

Pelo acordo de renovação, os valores pagos pelo São Paulo serão descontados das luvas que Arboleda tem direito. No entanto, o processo com a maior cobrança, movido pela Euro Futs, que agenciou Arboleda até 2020, ainda está em andamento. A empresa cobra R$ 6,5 milhões por quebra de contrato.

Para garantir o crédito enquanto a discussão segue, o São Paulo negociou uma carta fiança de R$ 7,9 milhões com o banco Daycoval em favor de Arboleda. A condição para essa concessão foi uma aplicação de R$ 5,5 milhões no banco, com rendimentos, como garantia. O presidente do clube, Julio Casares, aparece como “devedor solidário”, comprometendo-se a assumir a dívida caso o clube não pague.

Esse processo pode gerar novos problemas para o São Paulo. O advogado da Euro Futs, Fábio Makhoul, afirmou que a empresa pretende ingressar com uma ação contra o clube para cobrar R$ 610 mil em multas por supostamente ignorar determinações judiciais. A alegação é que o clube não apresentou esclarecimentos sobre pagamentos devidos a Arboleda, baseando-se numa decisão de fevereiro que impôs uma multa diária de R$ 5 mil.

O São Paulo não comentou sobre essas alegações, ressaltando que a ação original está sob sigilo e que a cobrança das multas ainda não se concretizou. Além disso, em uma das ações da Kirin Soccer, o clube foi inicialmente punido em 10% do valor da causa, mas a decisão foi anulada quando a defesa de Arboleda comprovou o pagamento da dívida antes do prazo determinado.