Nesta segunda-feira (29), em votação realizada no Salão Nobre das Laranjeiras, conselheiros do Fluminense aprovaram a criação da Fla-Flu Serviços S.A. A empresa será criada para que os clubes administrem o Maracanã pelos próximos 20 anos.
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Em Assembleia Geral, os conselheiros aprovaram a criação da empresa por 665 votos a favor, dez contrários e um anulado. O pleito era determinante para que o Fluminense se mantivesse na administração do Estádio Jornalista Mário Filho junto com o Flamengo pelos próximos 20 anos.
A empresa
O Flamengo terá a maior fatia da Fla-Flu Serviços S.A, com 65%, enquanto o Fluminense ficará com 35%. O regulamento do consórcio considera o Rubro-Negro com maior participação de receitas e lucros, mas ao mesmo tempo, em despesas e perdas.
A divisão foi prevista no contrato, tanto para constituição do consórcio, quanto para a futura SPE (Sociedade de Propósito Específico). Isso quer dizer que: “a linha de receitas, lucros, perdas, direitos e obrigações do Consórcio serão calculadas de acordo com a proporção de sua participação”.
Um documento entregue por Flamengo e Fluminense durante o processo de licitação prevê um investimento de R$ 393 milhões em obras e manutenções do estádio pelos próximos 20 anos, e essa aplicação seguirá a divisão 65% – 35%.
Dessa forma, o Flamengo vai investir R$ 255,5 milhões, enquanto o Fluminense será responsável por R$ 137,5 milhões. A informação é do Mundo Rubro Negro.
Vale ressaltar que a divisão citada acima não interfere em jogos de cada equipe como mandante. Isso significa que Flamengo e Fluminense ficarão com toda a receita, bilheteria, custos, despesas e eventuais prejuízos de suas respectivas partidas.
Um dos motivos que levou a divisão considera a utilização dos espaços do complexo – além do Maracanã. O Flamengo, por exemplo, manda jogos de basquete e vôlei no Maracanãzinho, e precisa investir no ginásio. O Fluminense não usa o local e, portanto, evita gastos.