O técnico lamenta falta de organização e paciência em derrota para o adversário
Após a derrota do Santos para o Avaí, o técnico Fábio Carille não hesitou em expor sua frustração com o desempenho da equipe. Em entrevista coletiva, Carille destacou que o resultado já era, de certa forma, esperado, dado o estilo de jogo do adversário.
“Esperava. Foi isso que a gente pensou sobre o jogo. Era um time que viria para jogar no erro. Não era um time de pressionar, nós sabíamos que eles iam esperar”, afirmou o treinador, reconhecendo que a equipe não conseguiu impor seu ritmo e caiu nas armadilhas do Avaí.
O técnico lamentou a falta de paciência e a desorganização que marcaram a atuação do Santos, fatores que impediram a equipe de aproveitar as poucas oportunidades que surgiram.
“Fizemos um jogo muito lento, muito para trás, tomando decisões erradas e perdendo confiança. Foi uma tarde que nada que projetamos funcionou”, declarou Carille, que também admitiu a dificuldade em mudar a atmosfera da partida, mesmo após a chance de um pênalti desperdiçado.
Carille fez questão de não culpar os jogadores, ressaltando a contribuição de nomes como Julio Furch na campanha invicta.
“Ele participou dessa retomada nossa dos dez jogos invictos. Não tem feito muitos gols, mas tem ajudado bastante naquilo que se espera para a Série B. Ele está fazendo o que costuma fazer. Teve um problema de púbis, mas isso ficou lá atrás. Não podemos nesse momento começar a buscar culpados”, defendeu.
Por fim, o técnico destacou a importância de olhar além dos números e resultados imediatos, ressaltando a necessidade de avaliar o rendimento geral da equipe.
“Esses números são mundiais. 75% das equipes que saem na frente ganham o jogo. Isso não é Brasil, isso é no mundo. […] O trabalho de hoje não foi legal, nem da minha parte e nem da parte dos jogadores. Temos que ver também o desempenho e não só o resultado”, concluiu Carille.