Em busca do sonho no jornalismo
Quase todos os jornalistas esportivos que tem hoje uma carreira consolidada no meio do futebol tiveram que correr muito atrás de seu lugar ao sol e fizeram alguns sacrifícios, principalmente no começo de carreira.
Afinal, para ser notado e ver o seu conteúdo chegando em outras pessoas, é preciso trabalhar muito. Por isso, muitos projetos independentes surgem hoje, graças à internet, com canais no YouTube e vídeos em Instagram e Tik Tok surgindo a cada dia.
No entanto, antigamente, não havia a presença da internet e muitos profissionais que buscam trabalhar na profissão precisavam contar apenas com sua cara de pau para conseguir oportunidade.
Foi ficando e… ficou!
Essa tônica se aplica também ao jornalista Vinícius Nicoletti, repórter da ESPN Brasil há 17 anos e que hoje atua como setorista do Palmeiras. O profissional participou do podcast “Podporco”, obviamente, direcionado para o público palmeirense e relembrou seu começo na emissora.
“Eu nasci no interior de São Paulo, em Itapeva, fiz faculdade em Bauru e mudei para São Paulo atrás de emprego. E eu fui pedindo emprego, eu gostava de esporte, de futebol, até que eu bati no prédio da Gazeta. Me falaram que estavam precisando de um ajudante de produção e eu trabalhei uns dias para eles”, iniciou Nicoletti.
Na sequência, ele contou como chegou à ESPN: “Até que a apresentadora Elys Marina, que fazia o ‘Show do Esporte’ e era apresentadora na ESPN, falou para eu deixar meu currículo na ESPN. Eu tinha 21 anos, entreguei meu currículo para o Trajano e pedi se podia ficar uns dois dias lá para acompanhar o dia a dia da TV. Ele nem olhou, falou: ‘fica aí uma semana’”, acrescentou.
No entanto, ele acabou ficando muito mais do que o combinado, mas sem receber: “Só que eu acabei ficando uma semana, duas, três, quatro… ninguém falava nada, não tinha portaria. Eu fazia um pouco de tudo lá. Um dia o Calçade perguntou quanto eu ganhava para fazer tudo aquilo, eu disse que nada. Ele falou para eu sair porque não compensava, mas que ele ia tentar arrumar algo remunerado para mim”, revelou.
O 1° salário de Nicoletti na emissora
Por fim, o jornalista esportivo revelou que ouviu a dica de Paulo Calçade e foi quando iniciou sua jornada remunerada pela ESPN Brasil: “Eu saí, 15 dias depois me chamaram para ser assistente de produção na ESPN, com um contrato de três meses, para ganhar 300 reais. Eu topei e fiquei 17 anos lá”, concluiu.