A declaração de Fabio Matias direcionada a John Textor

Textor durante coletiva de imprensa do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo FR)

Fábio Matías foi o responsável por ajudar o Botafogo na crise deixada na passagem de Tiago Nunes pelo elenco do Botafogo com a derrota no Brasileirão de 2023. Ele ajudou o clube a conseguir a classificação para a fase de grupos da Libertadores.

Em entrevista ao podcast “Resenha com TF”, Fabio Matias dividiu os méritos.

– Se eu citar um nome, vou ser injusto. Porque a compra da ideia dos jogadores foi muito boa, todos compraram. O Botafogo fez muito bem de trazer atletas com conduta e caráter, um perfil muito bom, de dia a dia, ambiente, isso é um facilitador. Falar que é um jogador ou outro é injusto. Estavam todos na mesma batida, sabendo da responsabilidade de levar o Botafogo para a Libertadores, todos compraram a ideia. Impactamos forte com aquele 6 a 0 sobre o Aurora, uma característica importante quando se chega é impactar. Isso soou muito bem no ouvido do atletas. Foi um período muito bom de trabalho, disse Fabio Matias.

Ele comentou sobre a relação com Marlon Freitas, um dos líderes do Botafogo na sua passagem pelo elenco:

– Naquele período, tive conversas individualizadas com vários jogadores. Ele teve situação marcante, o falecimento do sogro, vem, fala comigo depois do treino, que não tinha condição de jogar. Depois faz esse jogo com o Fluminense, vai super bem. É um cara extremamente profissional, muito bom como ser humano, como atleta. Esse cuidado temos que ter. Não vivenciei o que aconteceu ano passado, não podia dizer o que aconteceu ou não. Desde que assumi, falava que não vivenciei, não aconteceu nada, é daqui para a frente. Isso foi muito importante, os jogadores comprarem. Marlon foi fundamental, porque tem liderança, leitura, é inteligente, joga visualizando o jogo. Às vezes você olha, ele corre bem, ocupa os espaços, não corre errado. Tem capacidade, inteligência. Naquele momento foi fundamental em relação a isso. Tivemos essas conversas, lembro bem dele chegando ao vestiário. Como interino, com vontade de falar “Marlon, vem aqui e vamos jogar”, mas fui muito respeitoso, falei “não tem problema, comunica à direção, respira e volta”. É um respeito que temos que ter em relação ao jogador, se tem problema desse nível a decisão é dele. Foi o que fizemos, explicou.

Fabio Matias comentou sobre sua passagem no Botafogo e a importância de JohnTextor na sua vida.

– O período no Botafogo para mim foi maravilhoso, muito bom. No futebol, a roda gira muito. Com relação ao que fizemos, foi o trabalho que tínhamos que desempenhar como auxiliar permanente. Sempre respeitei isso, pela oportunidade que John (Textor), Alessandro (Brito), (André) Mazzuco e Thairo (Arruda) deram. Isso é o que posso fazer, agradecer a oportunidade que tive naquele momento. Fiz o possível para que aquilo acontecesse, conseguíssemos a vaga direta na Copa do Brasil e na fase de grupos da Libertadores, como auxiliar permanente. A experiência que tive com ele foi muito positiva. Tivemos uma reunião de duas horas, ele falando o que pensava de futebol. O que fez pelo Botafogo, o que está fazendo, é algo que nenhum torcedor esperava há três anos. A velocidade das coisas. O torcedor do Botafogo merece isso, por tudo que passou, tudo que viveu, tem camisa mágica, número mágico que é o 7. O que posso falar do John Textor é que está fazendo muito bem para o Botafogo, fazendo algo inimaginável em curto espaço de tempo.

Qual a próxima partida do Botafogo?

O Botafogo enfrenta o Fortaleza, no sábado, em partida válida diretamente para a disputa da ponta da tabela no Brasileirão.