Nos últimos anos, o debate sobre a implementação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) nos clubes brasileiros se intensificou. Diversos times, como Botafogo, Cruzeiro, Vasco, Fortaleza e Bahia, já adotaram esse modelo de gestão, o que gerou discussões sobre seus impactos no futebol brasileiro. No entanto, a transformação em SAF nem sempre é bem-vista pelos torcedores, que temem que seus clubes percam o controle sobre o futebol ou outros esportes.
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No caso do Flamengo, grande parte da torcida rubro-negra é contrária à ideia de ver o clube vendido a uma empresa. No entanto, nos últimos meses, o atual presidente do clube, Rodolfo Landim, se mostrou favorável à implementação de uma SAF no Flamengo, desde que fosse nos moldes de clubes europeus, como o Bayern de Munique.
O clube alemão vendeu participações minoritárias para empresas como Adidas, Audi e Allianz, mas manteve o controle do futebol. Landim acredita que essa estratégia poderia ajudar o Flamengo a construir uma nova arena sem comprometer as finanças do clube.
Mudança no Estatuto e regras para a SAF
Apesar do discurso de Landim, muitos sócios do Flamengo se opõem à ideia. Como medida para dificultar a transformação do clube em uma SAF, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou, na quarta-feira (11), uma mudança no estatuto do clube. Essa emenda foi aprovada com 272 votos a favor e apenas dois contra.
A partir de agora, se algum presidente quiser transformar o Flamengo em SAF, a decisão será transferida para uma assembleia geral, com quórum mínimo de 60% dos sócios aptos a votar e com aprovação necessária de 2/3 dos votos.
Além disso, se o Flamengo se tornar uma SAF, o presidente em exercício será impedido de assumir cargos remunerados na empresa pelos seis anos seguintes. Essa mudança foi vista como uma forma de proteger a autonomia do clube e evitar decisões precipitadas.