KPMG cobra R$ 5,3 milhões da SAF do Vasco na Justiça por serviços prestados na criação do clube-empresa
A consultoria KPMG entrou com uma ação na Justiça de São Paulo para cobrar R$ 5.363.140,93 da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco da Gama. A empresa alega que não recebeu diversos valores desde que foi contratada em fevereiro de 2018, quando Alexandre Campello era presidente do clube. Inicialmente, o trabalho da KPMG consistia na análise e entendimento da situação financeira do Vasco.
Posteriormente, durante o processo de transformação do clube em uma SAF, a KPMG continuou a prestar serviços, sendo um dos principais responsáveis pela estruturação do projeto de criação da SAF, que foi concretizada em abril de 2022. A consultoria foi a responsável por desenvolver o modelo do clube-empresa, e, com a criação da SAF, foram adicionados aditivos ao contrato, incluindo bonificações atreladas aos aportes financeiros feitos pela 777 Partners, empresa que adquiriu a maioria das ações da SAF do Vasco.
Entre as dívidas acumuladas, um valor de R$ 4.437.910,41 é atribuído ao trabalho relacionado à criação da SAF e às bonificações baseadas nos investimentos realizados pela 777 Partners. Além disso, a KPMG alega que desde julho de 2022 a SAF do Vasco deixou de pagar parcelas mensais que estavam previstas no contrato. O valor restante da cobrança, portanto, corresponde a essas parcelas não pagas.
O caso tramita na 27ª Vara Cível de São Paulo, e a KPMG solicitou que o processo corra em segredo de justiça. De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”, a KPMG está buscando o pagamento integral dos valores devidos pela SAF do Vasco, referentes tanto ao trabalho de consultoria quanto aos aditivos incluídos após a criação do clube-empresa.
A relação entre a KPMG e o Vasco se intensificou com o desenvolvimento do projeto para a transformação do clube em SAF, que foi vista como uma forma de modernizar a gestão e atrair investimentos externos.
A 777 Partners, que agora controla a maior parte das ações da SAF, foi a responsável por realizar aportes financeiros no clube, que ajudaram na quitação de dívidas e na estruturação da nova gestão. No entanto, a falta de pagamento dos valores devidos à KPMG gerou o atual impasse judicial.