O pensamento da diretoria do Vasco sobre a falência da 777 Partners

Camisa do Vasco 2024 (Foto: Reprodução/Instagram)

O pensamento da diretoria do Vasco sobre a falência da 777 Partners

O processo de falência da 777 Partners, empresa norte-americana que controla diversos clubes de futebol ao redor do mundo, continua trazendo à tona novos desdobramentos. Segundo o site norueguês “Josimar Football”, a seguradora A-CAP, que tomou o controle dos ativos da 777, colocou à venda não apenas os clubes pertencentes à empresa, mas também bens de luxo, como um iate avaliado em US$ 1,8 milhão (R$ 9,8 milhões) e um jatinho particular no valor de US$ 20 milhões (R$ 109 milhões).

Entre os clubes à venda estão nomes tradicionais do futebol europeu e mundial, como o Genoa (Itália), Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Red Star (França), Melbourne Victory (Austrália) e o Sevilla, onde a 777 é sócia minoritária. No Brasil, o Vasco da Gama, que faz parte do portfólio da empresa, também está tecnicamente disponível para negociação. No entanto, o clube carioca, ao contrário de outras equipes, conta com proteções jurídicas que podem impedir que seja vendido sem sua aprovação.

De acordo com o portal UOL, o Vasco da Gama não corre o risco de ser vendido sem consulta prévia. Isso se deve a um acordo firmado entre o clube e a A-CAP, no qual ficou estabelecido que qualquer negociação envolvendo as ações do Vasco precisa contar com a anuência do Cruz-maltino. Esse pacto proporciona ao Vasco uma segurança jurídica em meio à turbulência envolvendo a 777 Partners, que vem enfrentando sérios problemas financeiros e legais.

Além disso, o acordo também resultou na suspensão temporária de um processo de arbitragem que estava em andamento entre o clube e a 777 Partners. O processo estava sendo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o clube e a empresa já haviam indicado seus árbitros, faltando apenas a escolha do terceiro, de comum acordo. Com a suspensão de 90 dias, o Vasco ganha um período de tranquilidade para buscar a melhor resolução para os imbróglios judiciais, sem pressões externas imediatas.

Apesar dessa segurança, o cenário internacional envolvendo os outros clubes da 777 Partners é mais complexo. A A-CAP, que está à frente da gestão dos ativos da empresa, tem enfrentado dificuldades para vender os clubes e outros bens devido a um processo judicial movido pelo fundo inglês Leadenhall.

O fundo entrou com uma ação para impedir a venda dos ativos da 777, argumentando que a empresa não deveria continuar a dissipar seus bens sem que as questões jurídicas fossem resolvidas. Caso essa ação seja acatada, a A-CAP pode ser impedida de continuar com a venda das equipes e demais propriedades da 777 Partners.