Dirigente disse que houve uma “mudança absurda”
Em entrevista, Paulo Autuori, diretor técnico do Athletico-PR, criticou a quantidade de jogadores estrangeiros no futebol brasileiro. No início de 2024 a CBF permitia sete jogadores gringos por partida em cada clube, mas com votação e aprovação das equipes, o número subiu para nove.
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Ne época, um dos times que votaram a favor foi o próprio Athletico-PR, que chegou a ter dez jogadores estrangeiros, mas que hoje conta com oito em seu elenco. Para Autuori, o grande número prejudica a evolução de jovens garotos brasileiros.
“Essa mudança, de aumentar o limite, foi absurda. O futebol brasileiro precisa se questionar se realmente precisa desse número de estrangeiros, porque isso impacta diretamente na nossa realidade. Prefiro trabalhar com jovens do que ir fora do país buscar atletas que podem não entregar. Não temos garantia”, disse Autuori, que continuou:
“Nós temos nove [oito com a saída de Benítez] aqui. Quando saí, em 2022, eram cinco, e eu pedi que não contratassem mais, porque isso cai no colo do treinador. Quando tem o limite, ele precisa fazer escolhas, e geralmente quem fica de fora são sempre os mesmos. Isso gera incômodo em alguns e tem impacto no trabalho”, completou.
Esquivel, Zapelli, Léo Godoy, Cuello e Di Yorio (argentinos), Canobbio e Mastriani (uruguaios) e Gamarra (paraguaio) são os jogadores estrangeiros que atualmente fazem parte do elenco do Furacão. Benítez e Arriagada foram emprestados a pouco tempo.
O número de limite de jogadores estrangeiros por partida em cada equipe já havia aumentado ano passado, subindo de cinco para sete. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) divulgou um estudo que mostra 140 atletas estrangeiros atuando pelas Séries A e B do Brasileirão.
