Se dentro de campo o Vasco da Gama vive um momento relativamente tranquilo, se mantendo entre os dez primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, longe da briga contra o rebaixamento, e a surpreendente disputa de uma semifinal da Copa do Brasil, fora dele o clube se mantém sob olhares de desconfiança. Nesse ínterim, o ídolo cruz-maltino, o ex-atacante Edmundo, comparou o momento vivido pelo clube de São Januário com o de reconstrução adotado pelo arquirrival Flamengo e ironizou o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim.
Desde a aprovação e venda da SAF em 2022 para a 777 Partners, o torcedor vascaíno já vivenciou diversas experiências. Da promessa de que um clássico disputado em 2022, pelo Campeonato Carioca, entre Vasco e Flamengo, seria o último em disparidade de investimento, feita pelo sócio-fundador da empresa estadunidense, Josh Wander, à destituição do próprio Josh e à retomada da SAF pelo clube associativo, por meio de uma liminar, encabeçada pelo presidente Pedrinho em 2024.
Com a chegada do badalado diretor esportivo, Alexandre Mattos, a manutenção do treinador Ramón Díaz e uma base de time preservada, o torcedor vascaíno tinha expectativas ainda maiores do que as conquistadas até aqui. Haja visto que Alexandre Mattos foi demitido 100 dias após a chegada ao clube, Ramon Diaz caiu na quarta rodada do Brasileirão, após sofrer uma goleada por 4 a 0 para o Criciúma, em São Januário, e que as críticas da torcida sobre o elenco foram incisivas o ano todo.
Em dissonância com o que acontece nos corredores do Vasco da Gama, o arquirrival Flamengo. Desde 2013, tendo vencido pelo menos dois Campeonatos Brasileiros, duas Copas do Brasil e duas Copas Libertadores da América, com a expectativa de mais uma vez faturar acima dos R$1 bilhão de reais, o Flamengo é, há anos, exemplo de gestão esportiva e financeira.
Para o ex-jogador e ídolo vascaíno, Edmundo, o sucesso alcançado pelo time da zona sul do Rio de Janeiro foi conquistado, também, com conturbações e aproveitou para alfinetar o presidente do clube. “O Flamengo do Landim, que se acha pra cacete, que fatura cerca de R$1,2 bilhão por ano, começou em 2012/2013 acabando com o esporte olímpico. Todo mundo criticou. O clube se organizou, quase caiu, só não caiu porque falaram que teve suborno na Portuguesa. Reconstruíram (o clube)”, disse Edmundo, em live no canal Mundo Ed.
O “Animal” ainda saiu em defesa do amigo e presidente Pedrinho, em meio a esse processo de reestruturação vascaína. “O Pedrinho está há cinco meses na administração e vocês querem que ele faça milagre. Tem que dar tempo para que essa gestão tenha tempo de trabalho. Muita pressão atrapalha.”, alertou e acrescentou. “A venda vai acontecer, esse dinheiro vai aparecer. Só que não adianta o Vasco vender e os 31% ficarem com a A-CAP. A negociação tem que ser toda em sigilo”.