Carille desconversa sobre futuro no Santos e mantém foco no acesso
Fábio Carille evitou comentar sobre sua permanência no Santos em 2025 após a vitória por 2 a 0 sobre o Ituano, que deixou o Peixe mais próximo do acesso à Série A. Com o resultado, o Santos chegou a 62 pontos e solidificou sua posição no G-4 da Série B. Em coletiva, o treinador destacou o tamanho e a importância do Santos, mas pontuou que ainda não houve conversas com a diretoria sobre o futuro. Para Carille, o foco deve permanecer no objetivo imediato de garantir a vaga na primeira divisão.
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“Ficar no Santos, uma camisa desse tamanho, não tem como falar não. Preciso saber o que é bom para mim e para o clube. Não conversamos nada sobre reforços. Talvez, depois do jogo do Vila Nova, se as coisas clarearem, pode ser que aí sim começa. Mas tenho certeza que os profissionais que estão ali estão cuidando de algumas coisas que tem que cuidar para, na frente, ficar mais fácil para definir. Ainda não foi conversado nada sobre isso e não vejo como momento para isso.,” comentou Carille, reforçando o peso que a camisa santista representa para ele.
Ele também sugeriu que conversas mais concretas sobre seu futuro e possíveis reforços só devem ocorrer após o confronto contra o Vila Nova, caso o acesso esteja mais encaminhado. Segundo ele, os profissionais da gestão do clube já estão avaliando questões importantes que facilitarão a definição sobre a continuidade ou não do trabalho.
Carille também avaliou seu trabalho no Santos, destacando os desafios e avanços em um ano que considera de reconstrução. Ele relembrou a campanha do Paulistão, que levou o Santos à final depois de anos sem chegar a uma decisão, o que ele considera um feito significativo.
“Ano de reconstrução sempre tem problemas e temos muitos. Temos que resolver jogo a jogo, características e conhecendo, vendo e entendendo. Motivando também. A Série B para muitos jogadores aqui temos que motivar todos os dias e muitas vezes a gente não consegue. Um ano super especial. Chegar na final do Paulista, onde anos o torcedor não sentia de chegar em uma decisão, de lotar estádio e ter a expectativa de poder levantar o troféu. Muitos achavam que não chegaríamos e chegamos. Pegamos um Palmeiras com um trabalho consolidado e, do nosso jeito, fizemos uma final muito interessante”, disse o treinador, apontando que, embora o Santos ainda não tenha atingido uma posição ideal na Série B, o retorno à Série A está muito próximo.
No contexto do Brasileiro, Carille admitiu que o time poderia ter tido uma campanha mais consistente, mas elogiou o ambiente de apoio dentro do clube. Para ele, a relação com a comissão técnica, a diretoria e os jogadores tem sido essencial.
“No Brasileiro, é claro que a gente queria estar um pouco melhor, não estamos. Mas vamos conseguir o objetivo principal que é estar na Séria A de 2025. Me sinto bem, com respaldo dentro do CT enorme. Se não tivesse esse respaldo não estaria aqui hoje. Vocês sabem bem disso. O ambiente interno com diretoria, comissão e atletas é maravilhoso”, declarou o treinador, expressando satisfação com o ambiente de trabalho e o respaldo recebido.
Sobre o jogo, Carille explicou sua opção por Serginho, um meia de boa técnica, para garantir maior controle de bola e domínio da partida, ainda que isso limitasse a agressividade pelo lado direito. Ele mencionou que, em jogos anteriores, o Santos acabou se desfazendo da bola muito rapidamente, o que resultou em uma postura mais defensiva e desgastante.
” Quando se joga com dois meias, você tem mais controle do jogo. Perde agressividade pelo lado, mas fica mais com a bola. O Serginho é um meia que gosta de ter a bola, com muita qualidade técnica. A ideia foi essa. Fora de casa, entregamos a bola muito rápido aos adversários em outros jogos. Ficamos correndo demais. A ideia foi ter um controle melhor do jogo, entrar no campo adversário com a bola nos pés. Com dois ou três treinos que fizemos, o resultado foi bem legal”, explicou Carille.
A proposta tática deu resultados, com o Santos conseguindo maior posse e reduzindo o número de contra-ataques cedidos ao Ituano. Com dois ou três treinos focados em ajustes, o técnico avaliou o desempenho como positivo, especialmente para um jogo fora de casa.
Agora, com a Série A cada vez mais próxima, Carille e a equipe mantêm o foco na reta final, com o objetivo de alcançar o acesso o mais rapidamente possível e, assim, poder definir o futuro no Santos e a próxima temporada com mais clareza e planejamento.