O caso envolvendo o Corinthians e a ex-patrocinadora VaiDeBet tomou um novo rumo. A Polícia Civil de São Paulo avança na investigação sobre as supostas irregularidades no contrato entre o clube e a empresa de apostas, com depoimentos de figuras-chave e uma segunda notificação oficial ao Corinthians. A complexidade da situação levanta questionamentos sobre a transparência e os processos internos de ambas as partes.
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Dono da VaiDeBet é convocado para esclarecimentos
José André da Rocha Neto, proprietário da VaiDeBet, e André Murilo, diretor financeiro da empresa, foram convocados para depoimentos, nos dias 12 e 13 de novembro. O delegado Tiago Fernando Correia, que lidera o caso, enfatizou que essas oitivas são etapas essenciais para o avanço do inquérito.
Além disso, a VaideBet precisará explicar a utilização de intermediárias no pagamento dos valores de patrocínio, uma vez que três empresas foram usadas para transferir quantias ao Corinthians sem estarem previstas no contrato.
Notificação ao Corinthians e uso de intermediárias
O Corinthians foi notificado pela segunda vez para esclarecer o recebimento de R$ 56 milhões da VaiDeBet por meio das empresas Otsafe e Pagfast EFX, que, segundo o contrato, não estavam autorizadas para tais transações.
Cabe ressaltar que o contrato previa que pagamentos poderiam ser intermediados pela Zelu Brasil e a Pay Brokers, mas qualquer nova empresa precisaria de autorização expressa.
Quebra de sigilo e continuidade das investigações
Para aprofundar a investigação, a Justiça determinou, em julho, a quebra do sigilo bancário da Neoway Soluções Integradas e Serviços, empresa suspeita de lavagem de dinheiro.
Segundo denúncias, a Rede Social Media Design LTDA, que intermediou o contrato entre VaiDeBet e Corinthians, teria repassado R$ 900 mil de sua comissão para uma “empresa fantasma”. Por isso, a análise dessas movimentações financeiras é crucial para que a Polícia verifique possíveis fraudes.
O processo investigativo segue em andamento, e é esperado que o Corinthians responda com mais clareza às novas notificações. Desse jeito, a Polícia Civil poderá avançar na apuração dos detalhes do caso, reforçando a transparência em torno de um dos maiores contratos de patrocínio esportivo do país.
Inicialmente firmado com grandes expectativas, o acordo acabou desfeito em meio a acusações e suspeitas de irregularidades financeiras.