CBF promove alteração importante nos bastidores

Escudo da CBF (Foto: Reprodução)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acaba de implementar uma mudança significativa em seu estatuto, impactando diretamente a longevidade no cargo de presidente. 

A decisão, aprovada por unanimidade em assembleia nesta sexta-feira (8), permite até três mandatos consecutivos, ampliando as possibilidades de reeleição e gerando discussões nos bastidores do futebol brasileiro.

Mudança estatutária amplia poder

Com a alteração, o presidente da CBF poderá exercer até três mandatos seguidos, totalizando um período de 12 anos no comando. 

Anteriormente, o estatuto permitia apenas uma reeleição, ou seja, o presidente poderia exercer no máximo dois mandatos consecutivos. A mudança alinha a CBF com os padrões seguidos por entidades internacionais como a FIFA e a CONMEBOL, que adotam regras semelhantes.

Vale destacar que essa nova regra beneficia diretamente o atual presidente, Ednaldo Rodrigues, que assumiu como interino em 2021 e foi eleito para o mandato de 2022 a 2026. Dessa maneira, se ele for reeleito duas vezes, poderá permanecer à frente da entidade até 2034. 

A Lei Geral do Esporte estipula que federações esportivas que recebem dinheiro público devem limitar os mandatos a apenas dois. No entanto, a CBF não se enquadra nessa regra, pois não recebe recursos públicos e também não demonstra interesse em captar esse tipo de financiamento. 

Portanto, a entidade se vê livre para definir suas próprias normas de governança, o que levanta questionamentos sobre a perpetuação do poder.

O impacto da decisão no cenário esportivo

A aprovação unânime da mudança estatutária revela um consenso entre as federações, mas também reflete o poder de influência da atual gestão de Ednaldo Rodrigues. 

Cabe ressaltar que, apesar de outras atualizações estatutárias terem sido discutidas na assembleia, nenhuma outra alteração relevante foi feita nas regras eleitorais.

Com isso, a CBF segue em uma direção contrária à tendência de limitar mandatos para garantir renovação nas lideranças esportivas, apontando para uma continuidade de poder que pode influenciar o rumo do futebol brasileiro nos próximos anos.