O valor que o Flamengo vai arrecadar com o Naming Rights de seu estádio

Centro de treinamento do Flamengo (Foto: Reprodução)

A negociação para a aquisição do terreno do Gasômetro, com o objetivo de construir o estádio do Flamengo, trouxe grande entusiasmo para os torcedores. Contudo, essa possibilidade também levantou preocupações importantes relacionadas à saúde financeira do clube.

Nesse sentido, a principal dúvida gira em torno do custo elevado da obra e se ele afetará diretamente o desempenho esportivo. O Conselho de Administração recebeu uma Proposta de Orçamento para Construção do Estádio, que detalha as fontes de financiamento do projeto.

Conforme o documento apurado pelo portal ‘MRN’, a previsão de receitas contempla tanto a viabilização da obra quanto a manutenção da competitividade esportiva. Uma das maiores apostas financeiras do clube é a comercialização dos Naming Rights.

O Naming Rights, prática amplamente adotada em arenas esportivas nacionais e internacionais, permite associar marcas ao nome do estádio e explorar comercialmente setores internos. Além disso, o acordo pode incluir exclusividades como os Pouring Rights, que garantem o direito exclusivo sobre a venda de bebidas no local.

Estádio do Flamengo (Foto: Divulgação)

Ganhos previstos para o Flamengo

Ainda de acordo com a publicação, o clube projeta obter R$ 309,7 milhões até 2027, com o restante sendo arrecadado após a conclusão do estádio. Para embasar essa projeção, o clube analisou contratos de Naming Rights de seis estádios de clubes brasileiros.

O estudo cruzou dados entre os valores desses contratos e os patrocínios máster, calculando uma proporção média de 0,7. Com base nesse índice e na estimativa de patrocínio máster do Flamengo para 2025, projetada em R$ 115 milhões, a receita anual de Naming Rights pode alcançar R$ 80,5 milhões.

Se esses valores se confirmarem e o clube adotar um prazo de contrato de 20 anos, alinhado às práticas de mercado, o total arrecadado poderia ultrapassar R$ 1,47 bilhão. Vale ressaltar que essa cifra se aproxima de acordos internacionais recentes e reforça a viabilidade econômica do projeto, mantendo a confiança na capacidade do clube de equilibrar finanças e desempenho.