A ex-árbitra e comentarista Nadine Bastos, conhecida por sua experiência e presença constante nos meios de comunicação esportiva, compartilhou suas impressões sobre a final única da Copa Sul-Americana, que acontece no sábado (23), entre Cruzeiro e Racing (ARG).
Bastos, que agora integra a equipe de transmissão do SBT, analisou os desafios e a responsabilidade da arbitragem nesse tipo de decisão.
O aumento da responsabilidade da arbitragem
Apitar uma final não é tarefa fácil. Além da pressão inerente ao evento, há a expectativa da torcida, a tensão emocional dos jogadores e, claro, o peso da decisão que pode mudar destinos. Nadine Bastos foi clara ao afirmar que a arbitragem em uma final, como a da Sul-Americana, exige preparação física, técnica e mental.
“Apitar uma final é um dos maiores desafios na carreira de um árbitro. A pressão é grande, mas é o momento mais especial na carreira de um árbitro, que se dedica a vida toda para chegar a este momento”, disse Bastos.
De acordo com a comentarista, a tensão também afeta os jogadores, o que aumenta ainda mais a responsabilidade do árbitro.
A preparação para a final
Nadine detalhou a preparação necessária para uma final, dividindo-a em três pilares essenciais: físico, técnico e mental. Ela destacou que a forma física precisa estar no auge, já que o jogo exigirá alta intensidade.
Além disso, o árbitro deve estudar as características dos times, os jogadores decisivos e o estilo de jogo, para antecipar situações e controlar o jogo de maneira eficiente.
“O pilar mental é fundamental. Trata-se do aprimoramento do foco e a capacidade de lidar com a pressão.”, disse a ex-árbitra.
O impacto da final única em campo neutro
O modelo de final única em campo neutro também foi um ponto importante na análise de Nadine. Ela acredita que esse formato traz vantagens, como a redução da pressão das torcidas locais sobre os árbitros.
No entanto, o ambiente neutro também gera maior tensão entre os jogadores, e um erro de arbitragem pode ser ainda mais determinante em uma partida única.
“Isso aumenta a responsabilidade da arbitragem, que precisa estar ainda mais atenta e preparada para tomar decisões rápidas e precisas.” , conclui Nadine.
A escolha do árbitro Esteban Ostojich
A escolha de Esteban Ostojich para apitar a final foi bem recebida por Nadine Bastos. Ela destacou a experiência do árbitro uruguaio, que tem um histórico de boas atuações em competições de alto nível, como a final da Copa América 2021 e a final do Mundial de Clubes 2020/21.
“Ele é um bom nome para comandar a final, conhecido por sua firmeza nas decisões e boa leitura de jogo.” Com isso, Nadine acredita que a arbitragem estará bem preparada para lidar com a pressão e as complexidades dessa grande decisão.
Vale destacar que esta será a primeira final de Sul-Americana para Ostojich, e, para Nadine, o árbitro tem todas as condições para conduzir a partida de maneira eficaz.