Depois da terceira derrota seguida, a torcida vascaína perdeu a paciência e deixou São Januário sob protestos e vaias. O técnico Rafael Paiva foi um dos principais alvos dos torcedores, que o hostilizaram das arquibancadas de São Januário. Ao fim da partida, ele se mostrou inconformado com a reação dos vascaínos, saiu em defesa dos jogadores e pediu paciência nesse momento conturbado.
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O Vasco da Gama recebeu o Internacional na última quinta-feira (21/11), pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio de São Januário, e foi derrotado por 1 a 0. O único gol da partida foi marcado por Wesley, em um arremate de fora da área. Com o resultado, o Vasco permanece na 10ª posição, tendo sido ultrapassado pelo Corinthians.
Assim que saiu o gol do Colorado, a torcida nas arquibancadas em São Januário se revoltou e começou a hostilizar, principalmente, o treinador da equipe, Rafael Paiva. Ao som dos gritos de “burro” foi o principal alvo do torcedor, que ainda cantou “time sem vergonha”.
Em entrevista coletiva concedida após a partida, ele pediu paciência aos vascaínos, para entenderem o momento de transição que o clube vive com a saída da 777. Ainda, apontou que eles são a torcida que mais vaia jogador, no Brasil.
“Não vejo torcida vaiar mais jogador do que a torcida do Vasco. Já falei aqui o exemplo do Pec e do Orellano, que eram jogadores vaiados aqui, e um foi o melhor e o outro o terceiro melhor da liga americana. Acho que aqui a gente sofre muito, todo mundo, torcida, estafe, jogadores, por essa ânsia que a gente tem de ver o Vasco onde o Vasco merece estar, que é disputar títulos. A gente tem sofrido muito com isso e acho que o reflexo da torcida é vaiar alguns jogadores, ânsia de ter jogadores que resolvam o problema. Acho que a gente tem que acreditar no processo de que o Vasco tem que ser passo a passo. A gente não pode cair esse ano, a gente tem que brigar por Libertadores, por Sul-Americana, mas a gente tem que ter paciência com o que aconteceu com a 777”, disse.
Após usar Pec e Orellano, que deixaram o clube no começo de 2024, como exemplos, ele citou alguns atletas que já foram hostilizados pela torcida e que, segundo ele, recebem críticas injustas.
“Acho que acaba estourando em alguns jogadores, eu acho injusto. O Léo tem muita qualidade, ele não está à toa aqui. Vejo a mesma coisa o Galdames, é um jogador de nível de seleção chilena. Assim como o Puma foi muito vaiado em algum momento, assim como o Rayan já foi vaiado. Eu não estou defendendo jogadores a qualquer custo, mas eu acho injusto porque são profissionais que se dedicam muito e vão ter mercado quando sair daqui. Então a gente precisa de mais apoio da torcida porque faz muita diferença. O Léo para não ser vaiado tem que fazer uma partida quase perfeita, a gente tem jogadores que às vezes, na minha opinião, erram mais que o Léo e a bomba sempre vai pro Léo, vai pro Galdames”, finalizou.