No aniversário de 5 anos da conquista do Flamengo na Libertadores de 2019, o jornalista e comentarista do Grupo Globo, Eric Faria, relembrou o momento do gol da virada nos minutos finais. De acordo com o relato dele, quem estava lá “viveu uma experiência diferente em termos de final”.
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Toda a história do Flamengo foi alterada em 6 minutos de jogo. O River Plate faturava o título da Copa Libertadores da América de 2019 até os 43 minutos da segunda etapa. Bruno Henrique achou o meio-campista Giorgian De Arrascaeta dentro da área para dar um carrinho atacando a bola em direção a Gabigol. O camisa 9, naquela ocasião, só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes e empatar a partida.
Já nos acréscimos, quando se projetava uma prorrogação entre as duas equipes, o meia Diego Ribas lançou Gabigol no ataque. Ele estava sozinho, contra dois zagueiros, ganhou a jogada no corpo, se desvencilhou da marcação e anotou o gol do título, 3 minutos depois de igualar o marcador.
O jornalista e comentarista do Grupo Globo, Eric Faria, que cobriu o jogo in loco, categorizou o momento como catártico, em entrevista concedida ao site GE. Ali, 38 anos de história passavam pela mente dos flamenguistas.
“Eu acho que a catarse aconteceu muito pela forma como terminou o jogo, talvez se o Flamengo tivesse vencido por 3 a 0, tivesse conquistado uma vitória natural, dois gols no primeiro tempo, um gol no segundo tempo. Óbvio que as comemorações, as celebrações seriam iguais, afinal de contas era um título de Libertadores de 38 anos. Mas a catarse mesmo aconteceu porque foram dois gols em cinco minutos, e já nos acréscimos o segundo gol”, disse.
Ele continuou o relato dizendo que a dramaticidade da partida, com os gols no fim, transformaram o sentimento de quem estava no estádio.
“A forma como se desenrolou o jogo é que aumentou esse drama, esse impacto na vida do torcedor do Flamengo. Eu não sei quantos jogos de futebol já trabalhei na minha vida, mas foi a vez que eu mais vi homem, mulher e criança chorando em um estádio de futebol. Chorando de emoção. O grito de gol, o segundo gol do Flamengo, ele não é um grito de gol de celebração. É um grito de gol de catarse, de alívio, das pessoas quase que desmaiando, chorando. Era lágrima com grito de gol misturado, então quem estava naquele estádio naquele dia em Lima realmente viu e viveu uma experiência diferente em termos de final”, finalizou.