O relacionamento entre Abel Ferreira e parte da torcida do Palmeiras enfrentou uma tensão inédita no confronto direto contra o Botafogo. Uma substituição específica gerou reações negativas e trouxe à tona a pressão sobre o técnico em um momento crucial da temporada.
- Veja a probabilidade do Palmeiras ser campeão do Brasileirão
- Apesar da derrota, Palmeiras atinge marca expressiva em 2024
Entenda o contexto que gerou os protestos
Aos 35 minutos do segundo tempo, o Palmeiras perdia por 2 a 0, e Abel Ferreira fez sua última substituição. Ele retirou Estêvão, joia da base, para a entrada de Gabriel Menino, ouvindo gritos de “burro” da organizada alviverde. Vale destacar que foi a primeira vez que o treinador enfrentou tal crítica diretamente da torcida desde sua chegada ao clube.
Abel justificou a troca explicando que Estêvão pediu para sair devido a câimbras. “Era para entrar o Vanderlan na do Caio Paulista, mas a partir do momento que o jogador pede substituição, eu tenho que trocar. Já é a segunda vez que pede substituição”, afirmou.
Além disso, Estêvão vinha de uma sequência exaustiva, participando de partidas pela Seleção Brasileira Sub-17 e sendo um dos destaques do jogo, mesmo na derrota. O jovem sofreu quatro faltas, foi o mais caçado em campo e se queixou de cansaço, mas sem preocupações maiores quanto a lesões.
Reações da torcida mostram divisão
A substituição gerou um misto de reações no Allianz Parque. Enquanto a organizada criticava Abel e até a presidente Leila Pereira, outros setores responderam com vaias direcionadas aos protestos e cantos de apoio ao time. Sendo assim, o estádio refletiu a polarização do momento, algo incomum em um ambiente acostumado a celebrar títulos sob o comando do português.
Questionado sobre os protestos, Abel minimizou a situação: “Uma pequena parte da torcida. Mas viu o que toda a torcida fez? Isso mostra o carinho que têm por nós. Eu entendo. São muitos títulos juntos. Parece que o Palmeiras ganha sempre, e vocês sabem que não é isso.”
O que esperar daqui para frente
Com isso, o episódio reflete a pressão que Abel e o Palmeiras enfrentam em uma temporada de altos e baixos. Isso porque, mesmo com títulos conquistados, a expectativa de vitória constante mantém o ambiente sob vigilância. Cabe ressaltar que o momento demanda equilíbrio para recuperar o desempenho em campo e a harmonia com a torcida.
