São Paulo acumula déficit de R$ 191 milhões e dívida chega a R$ 886 milhões
O São Paulo registrou um déficit de R$ 191 milhões entre janeiro e setembro de 2024, segundo documento do Conselho Fiscal do clube, divulgado nas redes sociais pelo pesquisador Alexandre Giesbrecht e confirmado pelo ge. No mesmo período, a dívida total saltou de R$ 666 milhões para R$ 886 milhões.
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O relatório, assinado pelo conselheiro Faria Neto, destaca a gravidade da situação financeira: “O endividamento é quase o dobro do orçamento anual da instituição”.
O documento aponta que o clube havia planejado arrecadar R$ 108 milhões com a venda de atletas, mas conseguiu apenas R$ 73 milhões. Além disso, os gastos com pessoal e direitos de imagem ultrapassaram o orçamento previsto em R$ 30 milhões.
Em comparação, o déficit registrado em 2023 foi de R$ 62 milhões, evidenciando o agravamento das finanças tricolores neste ano.
Durante um evento da CBF nesta semana, o presidente do São Paulo, Julio Casares, reconheceu o déficit elevado, mas defendeu a decisão da diretoria de não vender jogadores antes da final da Copa do Brasil contra o Flamengo:
“Claro que é ruim terminar o exercício com déficit muito alto, mas ao priorizar aquelas disputas… Recebemos propostas por quatro jogadores titulares antes da final. Eu poderia ter terminado o ano com superávit, mas optamos por buscar a conquista. Corremos riscos”, afirmou Casares.
O título da Copa do Brasil garantiu uma vaga direta na Libertadores, mas a decisão impactou as finanças do clube, que agora precisa equilibrar as contas.
A partir de 2025, o São Paulo estará sujeito a novas regras financeiras com a criação de um Fidc (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios). O fundo será usado para pagar dívidas bancárias e impõe restrições ao clube:
- Proibição de novos déficits: O clube não poderá registrar prejuízos nos próximos anos.
- Teto de investimentos: O orçamento para o futebol terá um limite de R$ 350 milhões.
