A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) protocolou, na sexta-feira (6), um recurso pedindo o aumento da pena aplicada ao Atlético-MG pelos incidentes registrados na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, na Arena MRV. A solicitação inclui a ampliação da perda de mando de campo de seis para nove partidas em competições organizadas pela CBF.
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Atualmente, o Galo cumpre a última das três partidas com portões fechados neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Athletico-PR, na Arena MRV. A punição foi determinada no dia 27 de novembro, quando o Tribunal aplicou a perda de mando de seis jogos, sendo três sem público e outros três com acesso restrito a mulheres, idosos, crianças, pessoas com deficiência e adolescentes de até 16 anos.
No documento apresentado, a Procuradoria argumenta que o aumento da pena seria justificado pela gravidade dos episódios ocorridos na decisão. Caso o recurso seja acatado, além das três partidas já realizadas ou previstas com portões fechados, o Atlético-MG teria que cumprir mais seis jogos sob restrições, divididos da seguinte forma: três com metade da capacidade da Arena MRV aberta para público restrito e outros três com a totalidade dos ingressos limitada às mesmas categorias de torcedores.
Ainda não há data definida para o julgamento do recurso pelo STJD. Paralelamente, nesta sexta-feira, o departamento jurídico do Atlético-MG decidiu desistir de um efeito suspensivo que permitiria a presença de torcedores na partida deste domingo. A estratégia visa minimizar possíveis prejuízos em um cenário de decisão no Tribunal.
Com 41 pontos, o Atlético-MG precisa vencer o Athletico-PR para afastar o risco de rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro. Um tropeço pode colocar o clube em situação delicada, dependendo de outros resultados na luta contra a Série B.
O recurso protocolado acirra ainda mais o clima de tensão em Belo Horizonte. A diretoria do Galo se manifestou publicamente contra o aumento da pena, apontando a medida como desproporcional e prejudicial ao clube e sua torcida. O cenário, no entanto, será decidido nos próximos capítulos no STJD.