A despedida de Gabigol do Flamengo não passou despercebida, mas não foi apenas a emoção dos torcedores que chamou a atenção. O jornalista Mauro Cezar, em uma publicação nas redes sociais, fez duras críticas à maneira como a diretoria rubro-negra conduziu o momento de despedida do atacante.
Para ele, a homenagem feita antes do apito inicial da partida contra o Vitória, no Maracanã, no último domingo (8), foi um erro da gestão do clube.
A tentativa política de Rodolfo Landim
Mauro Cezar apontou que a ação da diretoria teve um tom político, algo que, segundo ele, prejudicou a imagem do clube.
“Rodolfo Landim viveu os últimos momentos dele como presidente do Flamengo, no Maracanã, sendo vaiado e xingado por torcedores insatisfeitos com a saída de Gabigol”, afirmou.
O jornalista acrescentou que a tentativa de Landim de se aproximar da torcida com homenagens a Gabigol teve um efeito negativo, sobretudo considerando o contexto tenso entre as partes. “Na verdade, o dirigente, nas vésperas da eleição, parece ter tentado uma última cartada buscando, quem sabe, uma aproximação da torcida”, afirmou Cezar.
Na despedida de Gabriel “Gabigol” Barbosa, o tiro no pé de Rodolfo Landim em seu último jogo como presidente do Flamengo.
— Mauro Cezar (@maurocezar) December 9, 2024
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Um adeus marcado por polêmicas
A despedida de Gabigol foi marcada por homenagens e manifestações nas arquibancadas do Maracanã, mas também por um clima tenso. O atacante ignorou o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, o que gerou um desconforto ainda maior no estádio.
“Quando o clube faz esse tipo de coisa, em meio a tanta polêmica entre as partes, foi um tiro no pé”, completou Mauro Cezar. O jornalista ainda afirmou que, por mais que a manifestação da torcida fosse legítima, a ação do clube acabou sendo um erro estratégico.
O fim de um ciclo vitorioso
Gabigol, após seis anos de muitas glórias, se despede do Flamengo com 13 títulos conquistados, incluindo dois Campeonatos Brasileiros, duas Copas do Brasil e duas Libertadores. O atacante, que marcou 160 gols em 307 jogos pelo clube, não chegou a um acordo para renovação contratual, sendo esse um dos principais pontos que marcaram seu adeus.
“O Flamengo estaria disposto a oferecer uma extensão de contrato curta, enquanto o atacante pedia um vínculo longo”, explicou a diretoria, encerrando o ciclo de um dos maiores ídolos da história recente do clube.