Bahia: a declaração de Rogério Ceni envolvendo o Cruzeiro

Foto: Letícia Martins / EC Bahia

O Bahia está classificado para a Libertadores após mais de três décadas. Na noite deste domingo, o Tricolor bateu o Atlético-GO, por 2 a 0, com gols de Thaciano e Lucho Rodríguez, e garantiu o oitavo lugar no Campeonato Brasileiro, mesmo com vitória cruzeirense sobre o Juventude

O Tricolor chegou à última rodada dependendo de si e termina a competição com 53 pontos, mas poderia ter sido diferente se o Cruzeiro tivesse vencido o Palmeiras na última rodada, depois de o Esquadrão perder para o Corinthians. A oscilação da equipe na reta final da Série A foi um dos temas da entrevista coletiva do técnico Rogério Ceni deste domingo.

Vale lembrar que o Tricolor chegou à última rodada no G-8 depois de perder de 3 a 0 do Corinthians e contar com um tropeço da Raposa. Após o time mineiro abrir o placar diante do Palmeiras, Ceni resolveu andar de bicicleta e, por meio de um aplicativo, viu o time paulista virar para 2 a 1, resultado que trouxe conforto para o Tricolor decidir com mais conforto neste domingo.

“O sentimento depois da derrota (Corinthians) foi muito frustrante. Eu nem assisti aos jogos (dos rivais) porque eu dou azar, sempre que eu torço acontece o contrário. Eu fui assistir ao Atlético-GO, aí veio aquela bolinha desgraçada e anunciou gol do Cruzeiro. Eu larguei e TV e fui andar de bicicleta. Aí um aplicativo falou do gol do Palmeiras. Aí eu não parei mais de andar de bicicleta. Quando apareceu o gol da vitória do Palmeiras eu voltei para casa e fui pensar no jogo. Aí na quinta-feira a gente tinha uma motivação extra. Só dependíamos da gente para classificar. A chegada hoje no estádio foi espetacular, ainda não tinha visto isso aqui. Foi legal a gente descer ali como forma de retribuição, uma maneira de agradecer ao torcedor” complementou o técnico.

O treinador chegou para entrevista coletiva com uma camisa do Esquadrão em homenagem ao título brasileiro de 1988, que garantiu a equipe na Libertadores do ano seguinte.

Na noite deste domingo, o Tricolor derrotou o Atlético-GO por 2 a 0, com gols de Thaciano e Lucho Rodríguez. Com a vitória, a equipe terminou a competição com 53 pontos, e o acesso à Pré-Libertadores foi consolidado, mesmo com a vitória do Cruzeiro sobre o Juventude.

A última rodada foi decisiva para o time baiano, que chegou dependendo apenas de si para garantir a vaga. No entanto, a situação poderia ter sido mais complicada se o Cruzeiro tivesse vencido o Palmeiras, após o Bahia sofrer uma derrota por 3 a 0 para o Corinthians. Esse cenário de oscilação da equipe na reta final do campeonato foi um dos temas abordados por Rogério Ceni na entrevista coletiva pós-jogo.

Ceni, que acompanhou os jogos da última rodada de maneira incomum, contou com um pouco de sorte para não se preocupar com os resultados dos rivais. Após a derrota para o Corinthians, o treinador optou por não assistir aos jogos dos concorrentes e, enquanto fazia um passeio de bicicleta, soube da virada do Palmeiras, o que deu uma motivação extra para o Bahia. “Foi um alívio saber que só dependíamos de nós mesmos”, comentou o técnico.

Com o time já classificado para a Libertadores, Ceni fez questão de homenagear o título de 1988 do Bahia, que também levou o clube à competição sul-americana. Ele entrou na coletiva com a camisa do Esquadrão, lembrando da histórica conquista e destacando que, apesar de ser mais fácil hoje, o feito de retornar à Libertadores após 35 anos é significativo para a história do clube.

Ao refletir sobre o desempenho do time na temporada, o treinador fez um balanço do ano. O primeiro turno, com um aproveitamento de 54,39%, gerou grandes expectativas entre os torcedores, mas o segundo turno foi marcado por uma queda no rendimento, com apenas 38,6% de aproveitamento. Isso gerou tensão, e a oscilação quase custou a classificação, mas, no fim, o Bahia conseguiu seu objetivo.

Ceni também reconheceu que a falta de títulos em competições regionais, como o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste, foi uma decepção, mas ressaltou que a classificação para a Libertadores representa um marco importante. “Os últimos dois meses foram difíceis, mas conseguimos entregar algo significativo para o clube. Agora, temos que olhar para o futuro e buscar sempre mais”, concluiu o treinador.