Os carros que não vão pagar IPVA em 2025

Luzes do painel do carro (Foto: Reprodução/Shutterstock)

A partir de 2025, alguns motoristas paulistas poderão se beneficiar de uma medida que promete transformar o mercado de veículos sustentáveis no Estado. 

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, por 53 votos a 10, a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para carros leves movidos exclusivamente a hidrogênio ou com tecnologia híbrida, que combine combustão e eletricidade. 

A proposta ainda precisa ser sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, mas já gera discussões sobre o impacto dessa medida para a indústria automotiva e para a sustentabilidade.

Híbridos Flex: os modelos beneficiados

A isenção do IPVA vai beneficiar apenas seis modelos à venda no Brasil que atendem aos critérios estabelecidos na proposta. Esses veículos se encaixam tanto na categoria de híbridos plenos (HEV) quanto na de híbridos leves (MHEV), e todos possuem a tecnologia flex, ou seja, utilizam etanol como combustível. Conheça esses modelos:

  1. Toyota Corolla HEV
    O Toyota Corolla, um dos modelos híbridos mais populares do Brasil, continua a ser beneficiado pela isenção do IPVA. A versão híbrida do Corolla combina motor a combustão com motor elétrico, oferecendo uma alternativa mais eficiente e sustentável.
  2. Toyota Corolla Cross HEV
    O Corolla Cross, versão SUV do Corolla, também é um dos modelos contemplados pela isenção. Lançado em 2020, o Corolla Cross híbrido foi o primeiro veículo a ser vendido no Brasil com a tecnologia híbrida flex. Ele tem se destacado pela eficiência de consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
  3. Caoa Chery Tiggo 5x Pro Hybrid Max Drive
    O Tiggo 5x Pro Hybrid Max Drive da Caoa Chery é outro modelo híbrido flex que se qualifica para a isenção do IPVA. Este SUV combina desempenho com um sistema híbrido eficiente, com motor a combustão flexível, proporcionando economia de combustível e emissões reduzidas.
  4. Caoa Chery Tiggo 7 Pro Hybrid
    Semelhante ao Tiggo 5x, o Tiggo 7 Pro Hybrid também entra na lista de veículos beneficiados pela isenção. Esse modelo oferece mais conforto e tecnologia, mantendo a mesma proposta de eficiência energética e redução de emissões.
  5. Fiat Pulse Hybrid
    O Fiat Pulse Hybrid é um dos recém-lançados que atende aos critérios para a isenção do IPVA. Esse modelo compacto, que combina motor a combustão e motor elétrico, tem se tornado uma opção popular no mercado nacional, especialmente entre os consumidores em busca de um carro mais econômico e sustentável.
  6. Fiat Fastback Hybrid
    Outro lançamento recente da Fiat, o Fastback Hybrid também se qualifica para a isenção do IPVA. Ele segue a tendência dos modelos híbridos flex, oferecendo uma combinação de desempenho e menor impacto ambiental, sendo uma alternativa interessante para quem busca um SUV compacto e eficiente.

O impacto das novas regras para 2025

O benefício será concedido entre 1º de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2026 para modelos de até R$ 250.000. Após esse período, a alíquota do IPVA será aumentada gradativamente. 

A partir de 2027, o imposto passará a 1%, chegando a 4% em 2030. Isso porque, apesar da isenção inicial, o Estado de São Paulo planeja aumentar a contribuição dos proprietários desses veículos ao longo dos anos.

Além disso, o projeto também inclui a isenção do IPVA para ônibus e caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, com a medida válida até 2029. Cabe ressaltar que essa é uma tentativa do governo paulista de incentivar o uso de tecnologias mais limpas no transporte.

Críticas ao projeto

Embora a proposta tenha sido amplamente aprovada, ela gerou controvérsias, principalmente entre os defensores de veículos elétricos. A ABVE (Associação Brasileira de Veículo Elétrico) criticou a exclusão dos carros elétricos da isenção do IPVA, argumentando que veículos de zero ou baixa emissão são os que mais contribuem para a saúde pública e a redução de poluentes. 

“Ao limitar o benefício de isenção de IPVA aos híbridos com motor a etanol, a proposta poderá resultar num efeito fiscal inverso”, afirmou a associação.