São Paulo: Zubeldía é sincero ao falar sobre seu relacionamento com a diretoria

Luis Francisco Zubeldía, treinador do São Paulo durante partida da Copa do Brasil 2024 (Foto: Rubens Chiri e Paulo Pinto/São Paulo)

Mesmo classificando o São Paulo para a próxima Copa Libertadores da América, Luis Zubeldía conviveu com críticas da imprensa e da torcida ao longo da temporada. Em entrevista ao site “ge”, o argentino revelou que aos poucos foi entendendo a pressão que era comandar o Tricolor e que em alguns momentos entrou em rota de colisão com a diretoria.

Contratado em abril após a demissão de Thiago Carpini, o argentino Luis Zubeldía chegou ao São Paulo com a missão de melhorar o desempenho da equipe. O clube havia caído nas quartas de final do Campeonato Paulista para o Novorizontino e vinha de duas derrotas consecutivas no Brasileirão.

O retrospecto ruim entre uma competição e outra fez com que a diretoria optasse pela troca no comando técnico. Um desejo que se arrastou desde o começo do ano, quando o Tricolor tentou a contratação de Zubeldía mas as negociações não avançaram. Ele ainda estava ligado à LDU, do Equador, por quem havia acabado de vencer a Copa Sul-Americana, em 2023, sobre o Fortaleza.

Uma série de desencontros afastaram um acordo e o relacionamento que poderia ter ficado estremecido, não se abalou. Ele revelou em entrevista ao site “ge” que não chegou a se desentender com os mandatários tricolores nem mesmo em momentos mais conturbados.

“Não, nunca. Alguma conversa mais quente em algum momento da temporada, porque considerava que precisávamos fazer algo, mas não podíamos como instituição. Normal. Não superamos uma linha”, iniciou.

Zubeldía ainda comentou que passou a conhecer mais o São Paulo com o tempo, institucionalmente, acerca da pressão e também de não poder contratar. Não é segredo que o clube passa por uma crise financeira, mas isso não fez com que ele e os diretores se desentendessem.

“Não me recordo bem quando. Do meu lado, não entendia algumas situações que passei a entender com o tempo. O porquê de não podermos fazer algumas contratações. Nem sempre encontrar o remédio para o time depende dos dirigentes, depende de recursos que muitas vezes não estão aqui. Nessas situações, pode ter um papo mais quente, mas nunca faltando com respeito das partes”, finalizou.