Marcelo Teixeira defende gestão e relembra relação com a torcida: “Venho de arquibancada”
Em entrevista recente, Marcelo Teixeira, presidente do Santos, fez um balanço dos primeiros meses de sua gestão e destacou sua proximidade com a torcida, reafirmando o compromisso com as tradições do clube. O dirigente também rebateu críticas recebidas e apresentou números positivos relacionados ao desempenho financeiro do Peixe em 2024.
“Eu venho de arquibancada. Sou daqueles que acompanhava o Santos em caravana. Às vezes eu ia na Tusa (Torcida Unida Santista). Enganava meu pai, falava que eu estava brincando com o Takashi, um amigo que eu tinha, e ficava quase todo dia no clube. Meu pai acreditava, a minha mãe também. Fugíamos e íamos lá na Tusa assistir aos jogos fora. Tinha aquela linha de frente às vezes que ia na porrada, mas eu ficava mais atrás para não acontecer nada comigo (risos).”
Teixeira destacou a importância de respeitar as manifestações da torcida, mesmo diante de críticas e protestos. Segundo ele, a relação entre o clube e os torcedores deve ser pautada pelo respeito e pela independência.
“É aquela relação de respeito que deve haver, de independência. Não tem nenhum tipo de benefício. Você veja que a gente tem essa relação, eles vão lá, abrem faixas (de protesto). Lógico, tem que abrir mesmo, exigir. Se estão certos, se estão errados, se estão radicais ou não, são atitudes da torcida, você tem que respeitar.”
Teixeira também rebateu críticas direcionadas à sua administração, especialmente nas redes sociais. Ele destacou que avaliações precipitadas de sua gestão, que completou 11 meses, desconsideram o contexto e os desafios herdados pelo clube.
“Existe algo por trás dessas coisas (críticas nas redes sociais). Esse tipo de orquestração, esse tipo de pressão, essas coisas de ficar difamando imagem das pessoas, querer criticar a gestão de uma maneira assim… Cometemos erros? Lógico, cometemos. A indicação de uma contratação ou outra. Veja que nós contratamos jogadores que são revelações. Ninguém conhecia o (Gabriel) Brazão. É um processo em evolução.”
O dirigente também ressaltou que os resultados alcançados até agora são positivos, especialmente no âmbito financeiro.
“Agora, avaliar a gestão do Marcelo em 11 meses é humanamente impossível. E mesmo assim, a avaliação que seja feita da gestão Marcelo Teixeira, hoje, é positiva. Porque as metas e os objetivos foram alcançados. Qual é a avaliação negativa dentro de um processo como esse? Não vejo nenhum.”
Teixeira revelou que, entre janeiro e setembro de 2024, o Santos alcançou um superávit de R$ 45 milhões, fruto de ajustes realizados pela atual administração.
“Poxa vida, o Marcelo fez loucuras, fez investimentos que o Santos não possuía (condições)? Ao contrário. O clube hoje fechou o último trimestre, em setembro, com R$ 45 milhões de superávit da minha gestão, de janeiro a setembro de 2024. Por que ele (o resultado financeiro) é negativo? Por causa do passado que o Santos tem, daquilo que nós herdamos de despesas, que são dívidas naturais, que nós vamos ter que cumprir, como estamos cumprindo.”
O presidente reforçou que a quitação de transfer-bans e outras dívidas foi essencial para estabilizar a situação financeira do clube, permitindo projeções mais positivas para o futuro.