Flamengo: a declaração do presidente do Conselho Deliberativo sobre SAF no clube

Escudo do Flamengo (Foto: Reprodução)

A adoção do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem gerado debates no cenário futebolístico nacional. Ricardo Lomba abordou sobre o assunto após assumir a presidência do CoDe, pouco tempo após a eleição de Luis Eduardo Baptista, conhecido como Bap, para a presidência do clube.

Todavia, o Flamengo demonstra não priorizar essa abordagem, conforme declarações de Lomba, atual presidente do Conselho Deliberativo (CoDe). Para ele, a SAF não configura um modelo adequado para a realidade do Flamengo. Além disso, o dirigente enfatizou que mesmo aqueles que anteriormente consideravam a SAF uma possibilidade agora evitam discussões sobre o tema.

“Esse assunto no Flamengo já está no ‘black book’, ninguém quer mais nem olhar para ele. Até quem adorava, em um passado recente, não quer mais saber. Acho que SAF nem pensar”, disparou Lomba para a imprensa.

Silvio Bastos e Ricardo Lomba (Foto: Paula Reis / Flamengo)

Estudo da SAF como medida de proteção

Apesar da oposição à implementação, Lomba reconheceu a importância de estudar o modelo SAF. Isso ocorre porque diversos clubes brasileiros adotaram o formato, obtendo resultados positivos. Por exemplo, o Botafogo, após investimentos de John Textor, alcançou conquistas notáveis em 2024. Entre essas conquistas, destacam-se o título do Campeonato Brasileiro e a Libertadores.

Lomba ressaltou que a análise do modelo serve como uma forma de proteger o Flamengo contra potenciais riscos associados à SAF. Portanto, o clube busca evitar mudanças que possam comprometer sua estrutura organizacional. Consequentemente, o estudo visa a preservação da estabilidade interna.

“Acredito que temos de estudar a SAF, saber sobre e conhecer, até para nos protegermos. Não tenho mais medo da SAF, porque no Flamengo, em hipótese alguma, ela vingaria. Mesmo assim, acho que a gente tem que debater o tema, conhecer melhor e colocar no estatuto para que isso jamais aconteça”, completou.

Para Lomba, a alteração do estatuto do Flamengo representa uma medida estratégica. Tal medida visa dificultar a implementação da SAF no futuro. Igualmente, ele defende que qualquer proposta sobre o tema passe por um rigoroso processo de aprovação. Este processo envolve a Assembleia Geral com quórum mínimo de 60% dos sócios aptos e a aprovação de dois terços dos votantes.