Apresentado oficialmente como novo técnico do Atlético-MG, Cuca aproveitou a ocasião para esclarecer um ponto que tem marcado sua carreira: a fama de quebrar contratos.
Em uma entrevista coletiva recheada de declarações sobre sua trajetória, o treinador explicou que suas saídas de clubes, mesmo após conquistas, são motivadas por razões pessoais e não profissionais.
“Eu não quebro contratos e largo tudo”, diz Cuca
Logo no início da entrevista, Cuca fez questão de desmentir a ideia de que abandona compromissos sem justificativa.
“Eu não quebro os contratos e largo tudo e saio, são as nuances de cada um. Eu gosto, sou família, e muitas vezes abro mão do lado profissional para isso. É o meu jeito”, afirmou o técnico, deixando claro que suas escolhas são baseadas em prioridades pessoais.
Cuca citou como exemplo sua passagem pelo Palmeiras em 2017, quando, após conquistar o Brasileirão no ano anterior, decidiu se afastar devido ao desgaste emocional.
“Eu não dormia! Era pressão, desgaste, e quando acabou eu precisei descansar. Saí e fiquei dois, três meses em casa”, explicou.
Santos: um dos trabalhos mais marcantes
O treinador também destacou a experiência que teve no Santos, em 2020, como um dos momentos mais importantes da sua trajetória.
“Em 2020 eu toquei o Santos até o final, trabalho maravilhoso, um dos melhores que eu fiz, com toda dificuldade até a final da Libertadores. Acabou meu contrato e eu vim para o Galo.”
Vale destacar que, na coletiva, Cuca também falou sobre sua saída do Atlético em 2021, quando optou por cuidar da mãe, que enfrentava problemas de saúde.
“Quando acabou 2021, eu falei para o Rodrigo que precisava ficar com minha mãe. Hoje ela tem 84 anos, e daqui uns dias vou trazê-la de novo para colocar uma faixa ou medalha no peito dela.”
Por isso, o treinador reforça que suas escolhas são guiadas pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e não por falta de comprometimento. Dessa maneira, Cuca inicia sua quarta passagem pelo Atlético-MG, esperando mais uma vez deixar sua marca no clube.
