A declaração de Augusto Melo sobre impeachment no Corinthians

Augusto Melo durante coletiva de imprensa do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/ Corinthians)

O clima no Corinthians está tenso e a próxima segunda-feira será decisiva para o futuro político de Augusto Melo, presidente do clube. 

Em uma reunião marcada para o Conselho Deliberativo, será votado o pedido de impeachment do dirigente, que, apesar do risco iminente de afastamento, se mantém confiante e promete resistência. 

A confiança de Augusto Melo: “Deus me colocou aqui”

Augusto Melo, em entrevista ao canal Identidade Corinthiana, não esconde sua certeza de que continuará à frente do Corinthians. O presidente acredita que a maioria dos conselheiros não cairá nas manobras de seus adversários e que o seu compromisso com o clube será reconhecido. 

“Os nossos conselheiros são pessoas qualificadas, que sabem o que estão fazendo. Tenho a convicção de que estarei aqui na terça-feira. Deus me colocou aqui e só Ele pode me tirar”, declarou. 

Para ele, a política interna e os interesses de algumas figuras do clube são os verdadeiros motivadores do processo de impeachment.

Desafios enfrentados pela gestão de Melo

Augusto também se posicionou sobre os desafios que sua gestão tem enfrentado. Ele acredita que sua administração tem feito avanços significativos, mas que os opositores não querem permitir que o trabalho siga sem obstáculos. 

“O Corinthians está sendo melhorado em muitos aspectos, vai voltar a ser protagonista, mas eles (opositores) não querem deixar a gente trabalhar. Eu não vou sair do cargo. Mesmo diante das dificuldades financeiras orquestradas, estamos honrando os compromissos”, afirmou, referindo-se a ações de bloqueios financeiros que teriam sido planejadas por seus opositores.

Impeachment

Embora tenha uma base jurídica, o processo de impeachment contra Augusto Melo é amplamente interpretado como uma disputa política. 

O pedido se baseia principalmente em supostas irregularidades no contrato com a Vai deBet, que está sendo investigado pela Polícia Civil. Seus críticos alegam que a gestão de Melo causou danos à imagem do clube, o que teria violado o estatuto do Corinthians.

Se o impeachment for aprovado, o presidente será afastado temporariamente e Osmar Stábile, primeiro vice-presidente, assumirá a presidência até que uma nova eleição seja realizada. 

No entanto, se os conselheiros decidirem pela manutenção de Melo no cargo, ele seguirá como presidente do Corinthians até o final de seu mandato, previsto para 2026.