A turbulência política no Corinthians teve mais um episódio marcante nesta semana. Após horas de debates intensos, a reunião do Conselho Deliberativo que decidiria o futuro do presidente Augusto Melo foi suspensa.
O encontro, que começou com uma votação preliminar pela admissibilidade do pedido de impeachment, acabou sendo interrompido sem uma decisão final, deixando a crise no clube ainda mais acirrada.
Votação prévia acirra os ânimos
Durante a reunião no Parque São Jorge, os conselheiros decidiram, em uma votação preliminar, dar andamento ao processo de impeachment. Por 126 votos a favor contra 114 contrários, o pedido foi aceito para uma nova etapa.
Augusto Melo enfrenta acusações relacionadas a supostas irregularidades no contrato com a Vai deBet, além de possíveis infrações à Lei Geral do Esporte e ao estatuto do clube.
Protestos e tensão no Parque São Jorge
O clima de instabilidade ficou evidente desde cedo. Torcedores organizados se reuniram na entrada da sede do clube, expressando apoio a Augusto Melo e críticas à oposição.
Entre os alvos das manifestações estavam Rubens Gomes, conselheiro e ex-diretor, e figuras ligadas ao grupo político “Renovação e Transparência”, como os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Dentro do Parque São Jorge, a tensão escalou ainda mais. Logo no início da reunião, uma troca de farpas entre Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, e Augusto Melo gerou um clima de hostilidade. A situação precisou de uma pausa de dez minutos para que os ânimos fossem contidos e os trabalhos pudessem continuar.
Alguns conselheiros foram cobrados por torcedores em saída do Parque São Jorge após suspensão da votação do impeachment de Augusto Melo.
— Meu Timão (@MeuTimao) January 21, 2025
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Decisão adiada, mas pressão continua
Com a suspensão da reunião antes da votação definitiva, Augusto Melo segue como presidente do Corinthians, mas ainda sob risco de afastamento. Cabe ressaltar que o ambiente político do clube está cada vez mais polarizado, refletindo diretamente na condução administrativa.
Sendo assim, o futuro do Timão permanece incerto. Além disso, a pressão interna e externa deve aumentar nos próximos dias, já que o desfecho dessa situação impactará não apenas a presidência, mas também os rumos do clube em 2025.