Santos x Palmeiras: a declaração de Pedro Caixinha

Pedro Miguel Faria Caixinha em ação pelo Red Bull Bragantino em 2024 (Foto: Reprodução/Red Bull Bragantino)

Pedro Caixinha aponta falta de intensidade na derrota do Santos para o Palmeiras

O técnico Pedro Caixinha analisou a derrota do Santos para o Palmeiras por 2 a 1, de virada, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. Para o treinador, a equipe não conseguiu manter a intensidade necessária para competir de igual para igual com o rival.

“Em termos gerais, resumo de uma maneira: jogar contra o Palmeiras precisa ser muito competitivo. Eles marcaram até o último minuto. Faltou a intensidade que queremos e que vamos ter. Mas o jogo pedia que fôssemos mais competitivos. Não tem a ver com blocos, mas competir o jogo. Teve momentos que não fizemos. Isso nos penalizou muito”, avaliou Caixinha.

O treinador destacou que o Palmeiras buscou explorar as costas da defesa santista desde o início da partida e que o Peixe teve dificuldades em vencer a disputa da segunda bola.

“O que sabemos do Palmeiras é que eles procuram muito bem com o goleiro explorar a profundidade e as costas da última linha. A equipe não entrou bem no jogo. No primeiro lance, a saída da nossa linha do primeiro campo para pressionar a saída e a defesa ficou. Criou um desequilíbrio e o Palmeiras, com 10 segundos, teve uma oportunidade. Queríamos criar momentos de pressão. Não tem a ver com linhas, mas conhecer o momento de chegar e pressionar na frente. Fizemos algumas vezes no primeiro tempo, não tão agressivo e competitivo como eu quero que façam. Conseguimos fazer a defesa da profundidade. O que falhamos foi na defesa depois da segunda bola, que era ganha pelo Palmeiras e ficavam de frente para a nossa última linha.”

A saída precoce de Thaciano, lesionado aos 20 minutos, influenciou as decisões de Caixinha ao longo do jogo. Lucas Braga entrou no lugar do meia, mas acabou substituído no segundo tempo por Tomás Rincón. Outra mudança que chamou atenção foi a entrada de Hayner, lateral-direito, na ponta.

O treinador explicou a opção por colocar um ala no ataque.

“A saída precoce do Thaciano nos limitou muito. Estávamos bem, com saída pela direita. Quando ele esteve em campo, a equipe tinha uma ligação. Depois entrou o Lucas, que entendo que é um ponta, que é o que temos para entrar. Miguelito poderia entrar, com outras características. Hayner entrou porque não tínhamos mais opções de pontas e de verticalidade. E por ser um jogador com capacidade física, poder atacar na frente e fechar o corredor. Essa foi mais ou menos a história do jogo.”

Sobre a substituição de Lucas Braga, Caixinha justificou que foi uma decisão técnica para tentar equilibrar o meio de campo, já que Soteldo, apesar da criatividade, não manteve disciplina tática.

“Foi parte técnica. Disse no primeiro jogo que, pelo que conheço do Paulistão, as equipes que têm mais tempo para treinar têm uma vantagem física. Foi evidente de uma equipe que se prepara para jogar semana a semana. Não temos essa possibilidade. Temos que continuar com as opções e dinâmicas que temos. Sabemos do risco de lesões e desgaste. Mas não temos outra opção e temos que seguir em frente. Disse na palestra para eles antes do Mirassol que tinha histórico de substituição aos 20 minutos”.

“ Não há nenhuma regra no futebol em qual período tenho que mexer e nem que um jogador que entra não pode sair. Naquele momento estávamos desequilibrados no meio de campo. Soteldo é muito bom jogador, mas indisciplinado taticamente. Quando isso acontece, temos que ter soluções no banco para manter os jogadores com criatividade e equilibrar a equipe. Nesse momento era ter um meio com mais presença. Não tem a ver com o Lucas, mas com tomada de decisão para ajudar a equipe. Conseguimos equilibrar o que tínhamos de desequilíbrio no meio de campo, fruto da criatividade de um jogador e indisciplina tática ao mesmo tempo”, finalizou