Cruzeiro: Pedrinho BH manda indireta para donos do Atlético-MG

Pedro Lourenço (Pedrinho) (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A adoção do modelo de Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) tem ganhado força no cenário esportivo nacional, impulsionando investimentos e renovando expectativas em clubes como Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-MG. Enquanto a modernização financeira avança, rivalidades históricas, especialmente em Minas Gerais, intensificam debates sobre estratégias e gestão.

Pedrinho BH, atual controlador da SAF do Cruzeiro, destacou diferenças entre os projetos do clube e os do Atlético-MG em entrevista ao jornalista Samuel Venâncio. O empresário, que assumiu o comando após a saída de Ronaldo, criticou publicamente a gestão do rival.

Nesse sentido, o mandatário questionou a clareza de objetivos e a sustentabilidade dos investimentos alvinegros. Além disso, ele ressaltou que seu foco não está no lucro pessoal, mas na reconstrução institucional da Raposa.

“Não coloquei o dinheiro no Cruzeiro igual tem gente que coloca o dinheiro e depois pega o clube pra ele. Eu não. Nunca tive interesse em lucrar”, declarou Pedrinho BH, polemizando entre a torcida do clube rival.

Disputa financeira com Internacional

Enquanto as rivalidades locais seguem em evidência, o Cruzeiro enfrenta um impasse financeiro com o Internacional relacionado à transferência do jogador Wesley.

Wesley joga pelo Internacional (Foto: Divulgação/Internacional)

De acordo com informações divulgadas pelo portal Central da Toca, o clube gaúcho assumiu parcelas devidas ao Palmeiras em acordo prévio, mas não cumpriu os pagamentos. Como consequência, a SAF cruzeirense acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para resolver a pendência.

Pedrinho BH confirmou a decisão de recorrer à Justiça, afirmando que o Internacional não honrou nenhuma das parcelas acordadas. Ele destacou que o Cruzeiro arcou integralmente com suas obrigações junto ao Palmeiras durante o ano, enquanto o clube sulista permaneceu inadimplente.

Apesar das cobranças públicas, o dirigente mineiro descartou negociar fora do âmbito legal, reforçando a postura firme da diretoria. Por outro lado, o Internacional reconheceu parcialmente a dívida meses antes, limitando o atraso à primeira parcela de R$ 2,8 milhões.