A diretoria do Cruzeiro oficializou a saída de Fernando Diniz do comando técnico após quatro meses no cargo. O desligamento ocorreu menos de 48 horas após o empate por 1 a 1 com o Betim, no Mineirão, em partida válida pelo Campeonato Mineiro. A decisão, já esperada pelo treinador, seguiu conversas diretas com a cúpula do clube, que avaliava mudanças diante da falta de resultados expressivos.
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Processo de demissão ganhou força após cobrança no vestiário
Conforme o ‘GE’, na noite de sábado, imediatamente após o jogo contra o Betim, a diretoria cobrou explicações de Diniz sobre o desempenho irregular do time. O treinador admitiu publicamente, em entrevista coletiva, a insatisfação dos dirigentes. Na ocasião, a rescisão contratual quase foi anunciada no estádio, mas o clube optou por adiar a formalização.
Ainda segundo apurações do portal, o CEO de futebol Alexandre Mattos e o presidente Pedro Lourenço destacaram, em reunião online na segunda-feira, que os resultados insuficientes justificavam a mudança. Diniz reconheceu que, sob critérios técnicos, a saída seria natural. Ele ainda participou de uma coletiva e dispensou o elenco no domingo, mesmo ciente do iminente desfecho.
Enquanto isso, especulações sobre a demissão ganharam força no domingo à noite, e o treinador aguardou o comunicado oficial, divulgado apenas na manhã de segunda. Na sequência, o Cruzeiro iniciou buscas por um substituto.
Despedida e relação com a diretoria do Cruzeiro
No período da tarde, Diniz retornou à Toca da Raposa para se despedir presencialmente de jogadores, funcionários e dirigentes. Acompanhado pelo auxiliar Eduardo Barros, ele encerrou o vínculo de forma cordial, mesmo após críticas públicas à diretoria em dezembro, quando vazamentos sobre sua possível saída geraram tensões.
Apesar dos desentendimentos anteriores, a publicação destacou que o relacionamento entre Diniz e a cúpula — incluindo Pedro Júnio, vice-presidente da SAF, e o dono do grupo — permaneceu profissional. O treinador, inclusive, contou com apoio de Lourenço para seguir no cargo após o Brasileirão 2023, quando sua permanência chegou a ser questionada.
O contrato, originalmente válido até dezembro de 2025, previa multa rescisória considerada baixa por ambas as partes. O acordo permitiu o desligamento sem obstáculos financeiros. Diniz deixa o clube após 20 jogos, com quatro vitórias, oito empates e sete derrotas.
Enquanto o Cruzeiro negocia com nomes para o comando técnico, o auxiliar Wesley Carvalho assume interinamente o time durante o Campeonato Mineiro. A diretoria busca acelerar as tratativas para garantir um novo comandante antes dos próximos desafios da temporada.
