O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) optou por não interditar, neste momento, o estádio Couto Pereira, palco do recente caso de injúria racial contra o zagueiro Léo, do Athletico.
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A decisão foi tomada após a denúncia da Procuradoria do tribunal, que solicitava o fechamento do local.
Além disso, o órgão estipulou um prazo de cinco dias para que o autor do crime seja identificado, sob risco de reavaliação da medida. Por isso, o episódio segue repercutindo e reforça o debate sobre o combate ao racismo no futebol brasileiro.
Tribunal mantém estádio aberto, mas com ressalvas
A denúncia apresentada pelo TJD-PR pedia a interdição do Couto Pereira devido ao caso ocorrido no clássico contra o Coritiba. No entanto, o tribunal entendeu que, por ora, a punição não era necessária.
Sendo assim, determinou que a medida pode ser reconsiderada caso o responsável pelas ofensas racistas não seja identificado dentro do prazo estipulado.
Dessa maneira, a decisão mantém o estádio apto para receber jogos, mas deixa claro que o caso ainda não está encerrado. Vale destacar que a Polícia Civil já trabalha na identificação do torcedor envolvido, o que pode ser determinante para evitar punições ao clube.
Investigações avançam e prisão pode ser solicitada
As investigações contam com a análise de imagens de diferentes ângulos para esclarecer o episódio. O delegado Luiz Carlos de Oliveira destacou a complexidade do caso, mas afirmou que a identificação do suspeito está próxima:
“Muito provavelmente até o meio da semana já estaremos com a identificação desse torcedor, o responsabilizando e pedindo sua prisão preventiva”, declarou.
Vale destacar que a injúria racial é considerada crime no Brasil, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição de frequentar eventos esportivos.
Athletico se manifesta com ação simbólica
O Athletico demonstrou apoio ao jogador ao lançar um uniforme preto com a frase “Não ao racismo”, utilizado na partida contra o Cianorte pelo Campeonato Paranaense.
Cabe ressaltar que a iniciativa do clube reforça a necessidade de ações concretas no combate à discriminação.