O Cruzeiro, um dos maiores clubes do futebol brasileiro, tem vivido momentos difíceis ao perder jovens talentos que poderiam ter garantido uma fatia significativa de seu futuro financeiro. O empresário e ex-vice-presidente de futebol do clube, Bruno Vicintin, foi enfático ao lamentar a perda de dois jogadores promissores: Estêvão, agora no Palmeiras, e Vitor Roque, que recentemente se transferiu do Athletico-PR para o Barcelona. A soma das negociações envolvendo esses atletas ultrapassa os 100 milhões de euros, deixando claro o impacto dessas perdas para a Raposa.
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Estêvão e a trajetória conturbada no Cruzeiro
Estêvão, conhecido no Cruzeiro como Messinho, foi um dos maiores talentos formados no clube celeste. Sua história, no entanto, teve um início conturbado. Aos 12 anos, foi identificado como um “fenômeno” e rapidamente despertou o interesse de grandes clubes, incluindo o Santos, que tentou tirá-lo do Cruzeiro. “Eu falei assim: ‘se ele é o Neymar, tem que cuidar dele, né?’”, relembrou Vicintin, ressaltando o esforço para evitar que o jogador fosse levado pelo clube paulista.
Após uma “guerra” entre as duas equipes, o Cruzeiro conseguiu manter Estêvão por mais um tempo, mas ele acabou sendo vendido para o Palmeiras por 45 milhões de euros fixos e 16,5 milhões em metas. O atleta foi negociado com o Chelsea por um valor total de R$ 358 milhões.
O caso Vitor Roque: mais uma perda dolorosa para o Cruzeiro
Pouco depois, em 2022, o Cruzeiro perdeu Vitor Roque, que havia se destacado como uma das maiores promessas do futebol brasileiro. O Athletico-PR pagou a multa rescisória de R$ 24 milhões para tirá-lo de Belo Horizonte. Mais tarde, o Furacão negociaria o jogador com o Barcelona por 40 milhões de euros, além de bônus que poderiam elevar o valor para 61 milhões de euros.
“Eu vejo isso com muita tristeza”, disse Vicintin, refletindo sobre o impacto da venda desses dois jovens talentos. Vale destacar que, com a venda de Estêvão e Vitor Roque, o Cruzeiro perdeu quase 100 milhões de euros, um valor considerável para qualquer clube, especialmente no contexto financeiro atual do futebol brasileiro.
O impacto das perdas de Estêvão e Vitor Roque
Com isso, as perdas de Estêvão e Vitor Roque representam não apenas uma dor financeira, mas também uma reflexão sobre o futuro do Cruzeiro. Esses casos mostram como o clube precisa repensar suas estratégias de formação e gestão de talentos, para que não haja mais lacunas em seu elenco. Além disso, é importante que a direção celeste compreenda a importância de valorizar suas joias da base, para evitar que outros jogadores de potencial sejam vendidos sem que o clube possa usufruir plenamente de seus frutos.
Sendo assim, a gestão do Cruzeiro terá que encontrar maneiras de recuperar esse terreno perdido, e a torcida espera que o clube continue sendo um celeiro de grandes talentos, agora com uma estrutura mais sólida e com melhor proteção de suas principais promessas.