Morre Lima, ídolo do Santos e campeão mundial, aos 83 anos
Antônio Lima dos Santos, um dos grandes nomes da história do Santos, morreu nesta segunda-feira (3), aos 83 anos. O ex-jogador marcou época no clube entre as décadas de 1960 e 1970, atuando em diversas posições e conquistando títulos expressivos, incluindo as duas Copas Intercontinentais de 1962 e 1963.
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Conhecido como “Coringa da Vila” pela versatilidade em campo, Lima foi peça fundamental no time santista que dominou o futebol mundial na década de 1960. Ao longo de dez anos no clube, disputou 692 jogos e marcou 63 gols, sendo o quarto jogador que mais vezes vestiu a camisa do Santos, atrás apenas de Pelé, Zito e Pepe.
O Santos decretou luto oficial de sete dias e bandeira hasteada a meio mastro. Informações sobre o velório e sepultamento serão divulgadas nos próximos dias.
Carreira
Nascido em 18 de janeiro de 1942, em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Lima iniciou a carreira profissional no Juventus, da Rua Javari, aos 16 anos. Em 1961, foi contratado pelo Santos a pedido do técnico Lula, chegando ao clube que dominava o futebol brasileiro e internacional.
No Peixe, atuou em diversas funções, jogando como zagueiro, lateral, meio-campista e até atacante, sempre se adaptando conforme a necessidade da equipe. Essa polivalência o tornou um dos jogadores mais respeitados do elenco.
Nas conquistas do Mundial de Clubes em 1962 e 1963, Lima teve papel decisivo, atuando no meio-campo. Também representou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, sendo um dos poucos atletas que não foram substituídos durante o torneio.
Títulos e passagem pela Seleção
Com a camisa do Santos, Lima conquistou 22 títulos oficiais, incluindo:
- Mundial de Clubes (1962 e 1963)
- Copa Libertadores (1962 e 1963)
- Campeonato Brasileiro (1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968)
- Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1966)
- Campeonato Paulista (1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969)
- Recopa Sul-Americana (1968)
- Recopa Mundial (1968)
Pela Seleção Brasileira, Lima disputou 18 jogos e marcou seis gols. Após encerrar a carreira como jogador, dedicou-se ao Santos em diversas funções, incluindo a coordenação e o treinamento das categorias de base.