O “puxão de orelha” dado por Abel Ferreira em Estêvão mudou de mira e se virou à mídia esportiva. Isso porque o técnico ficou bastante incomodado em como a imprensa repercutiu a fala dele sobre a jovem promessa alviverde na coletiva após o empate sem gols com o Bragantino, na última terça-feira, 28.
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Depois de ‘repreender’ a tomada de decisão de Estêvão, ao querer driblar o defensor três vezes antes de tocar ou finalizar, Abel fez questão de esclarecer que seu papel é de um educador. Não à toa, o jovem foi – novamente – um dos destaques do time na goleada por 4 a 1 sobre o Guarani no último domingo, 2, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, pela sexta rodada do Paulistão.
“Na última conferência falei do Estêvão e alguns de vocês disseram no título que “treinador detonou o Estêvão”. Não, treinador não detona ninguém. Treinador educa, ensina, procura usar todos os recursos que tem para tirar o máximo dos jogadores. Como foi o Estêvão hoje. Gostaram do Estêvão hoje? Eu gostei do Estêvão hoje. Se gostei do Estevão do último jogo? Não, não gostei. E eu não tenho problema nenhum em falar”, desabafou Abel.
“A carreira dele vai ser longa se Deus quiser, vai nos ajudar muito e eu já disse muitas vezes o que penso sobre esse jogador. E não vale a pena dizer mais nada, porque vocês já fazem o resto, as vezes ajudam, as vezes estragam”, completou.
🚨 O ASSUNTO DE AGORA: ESTÊVÃO!
— Mesa Redonda (@mesaredonda) February 3, 2025
"A carreira dele vai ser longa, se Deus quiser, e ele ainda vai nos ajudar muito aqui", Abel Ferreira 🟢⚪️#MesaRedonda pic.twitter.com/rjlWBO5XRg
‘Puxão de orelha’ de Abel Ferreira
O português criticou o desempenho da joia durante a coletiva pós-jogo de empate com o Bragantino. Abel vinha de forte pressão da torcida, visto que o Palmeiras não vencia há dois jogos consecutivos naquela ocasião.
“É só ele não ter que driblar o defensor três vezes. Depois do primeiro drible, tem que fazer coisas. Tirou o defensor da frente, ou tem que cruzar, ou passar ou finalizar. Não precisa driblar o defensor três vezes, até porque se fizer isso o adversário vai pôr mais gente dentro da área”, disse.
“Precisamos só que ele utilize toda a capacidade que tem e, depois de limpar o marcador, fazer coisas. Depois a área está toda ocupada e cheia de adversários. É só isso, simplificar um pouco mais o jogo dele, porque é verdade, vai ter pressão, mas as vezes que ele conseguir sair, é chegar ao final do jogo, com três, quatro, finalizações, assistências, é isso que esperamos dele. E ele também tem que estar preparado, a marcação em cima dele vai ser apertada, é só simplificar e tornar o jogo dele mais objetivo”, completou.
Efeito imediato
O ‘puxão de orelha’ ou sermão de educação dado por Abel surtiu efeito instantâneo. Estêvão voltou a desfilar seu potencial e marcou dois na goleada por 4 a 1 sobre o Guarani no último domingo, 2. A joia deu a resposta necessária ao técnico e mostrou que segue como protagonista do Palmeiras.
A retomada ganha ainda mais importância se olharmos para o calendário do Palmeiras. Isso porque o próximo embate é nada mais nada menos que o clássico contra o Corinthians, no Allianz Parque. O duelo está marcado para quinta-feira, 6, às 20h.